A Amazônia Legal brasileira ocupa uma superfície de terras contínua de 5.033.072 km², correspondendo a cerca de 60 % do território nacional. Essa extensa área é coberta com floresta tropical permeada por cerrado e mata de transição. Originalmente estimada em quatro milhões de km², sendo 76 % de área preservada com vegetação nativa/autóctone. Esse gigante natural abriga a maior biodiversidade do planeta, grande parte da fauna e da flora é endêmica, muito desta diversidade ainda não foram catalogadas pelas ciências. Estima-se ser este ecossistema detentor de um quinto da água doce do mundo, além de guardar o maior patrimônio genético do mundo, tem a maior reserva mineral do planeta, ainda não explorados pelo ser humano.
Esse maravilhoso ambiente detém ainda a mais preservada tropical do mundo, correspondendo a um terço das florestas tropicais úmidas existentes no planeta com a maior parte dela contidas no território nacional brasileiro. Realmente é algo simplesmente extraordinário, em termos de beleza cênica natural e profusão de vida! Portanto é fundamental que tenhamos uma visão holística do que ela representa na continuidade da vida na terra e na riqueza do Brasil. No entanto esse gigantesco e diversificado ecossistema vem sofrendo nas últimas três décadas, um acelerado processo de exaurimento antropogênico, com forte pressão antrópica sobre seus recursos naturais, feito sem planejamento adequado, resultantes de políticas públicas equivocadas, não compatíveis com os padrões regionais de desenvolvimento e sustentabilidade. O desmatamento aleatório associado à queima sem controle da vegetação é fator de preocupação constante, e de senso comum na mídia.
O empobrecimento do solo via plantio agrícola continuado aliado ao pisoteio intensivo de bovinos, contribui sobremaneira para a degradação dos recursos edáficos de cuja constituição do solo é arenosa, frágil e de fácil lixiviação agravando ainda mais a já complexa situação. Outro agravante em foco nos últimos tempos é o avanço do fogo na vegetação nativa via manejo florestal, comumente monitorado pelo instituto nacional de pesquisas espaciais, mostrando também à evolução anual continuada da estiagem, cada vez mais prolongada, causando sérios prejuízos econômicos, sociais e principalmente ambientais a vida na sua íntegra.
Por lado continuamos mais do que nunca literalmente desmatando e queimando a região como se fosse um processo natural. Dados estatísticos comprovam cientificamente que se continuarmos nesse ritmo o ecossistema amazônico não se sustentará. Portanto senhores gestores públicos é preciso rever as politicas até então adotadas, não? Se é que existem politicas públicas para o meio ambiente no Brasil, não é mesmo? A pergunta agora é! Até quando vamos continuar utilizando o meio ambiente aleatoriamente?