Na rima que hoje faço,
vou contar o acontecido
de um Boi enganador,
mentiroso, Boi Bandido.
Traiçoeiro, malfeitor,
cabra do mal, fingido,
bicho do cão, tinhoso,
liso e muito atrevido,
que recebeu uma taca
e o lombo tá dolorido.
Nessa rima bem rimada,
vou agora escrevê,
Esse causo foi verdade,
preste atenção vou dizê.
Em uma cidadezinha
vi um fato acontecê
Que entrou para a história
ninguém vai se esquecê
Vi um Boi se transformar
num matreiro saruê.
Saruê desesperado,
30 dias na noitada,
invadindo a cidade,
junto com sua boiada.
Saruê do couro liso,
andando na madrugada
Pensou que estaria bem,
nadando só de braçada,
Mas foi pego, ôh! Coitado,
levou uma surra danada.
Setecentos e setenta e seis,
foi a pêia que levô,
na chibata de um povo,
Saruê até sangrô.
Perdeu o rumo da toca,
e lá pra Mata voltô,
Dizem que o Saruê
desse jeito assim falô:
"Nunca mais vou duvidar
da força de um professô" .
Esta rima, e todas as demais obras, são criações artísticas rimadas. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, personagens, fatos ou situações da vida real, terá sido mera coincidência. De antemão, respeitosas escusas a quem porventura venha a se sentir citado (a) nesta obra.
Alessandra Rosa Da Silva Carvalho é professora em Alto Garças- MT