Antes de começar a falar bosta sobre a responsabilidade religiosa pelos conflitos aos quais o homem sempre esteve curvado, especialmente agora, que mataram uns brancos de olhos claros e todo mundo chora desbragadamente, vamos lembrar umas coisinhas?
Há 500 anos a Grã-Bretanha, França (sim, a pobrezinha, inocente e sofrida pátria do patê e da baguete) já tinham esses nomes, eram imperialistas e dividiam entre si todo o mundo árabe mais a África e, claro, davam pitaco por aqui também. Prometiam mundos e fundos para os árabes porque queriam mesmo era derrubar o império turco-otomano.
Havia religiosos? Sim, mas estavam longe, mas bem longe de ser maioria. E não eram só muçulmanos, árabes sempre foram judeus e cristãos (ó só que incrível) também, além de muitos, mas muitos laicos. E esses essencialmente queriam independência e sonhavam com uma grande nação árabe não muçulmana, mas acima de tudo, árabe.
Você achou mesmo que é à toa que todo o mundo árabe (e aí, pode incluir de novo a África quase que por inteiro) ou fala francês ou inglês? Sabe em cima de quanto petróleo e gás natural (olá, "mãe" Rússia) fica a Síria e seu aliado mais próximo, o Irã (oi, EUA, que não querem mexer no vespeiro desde que o ISIS ainda nascia)?
Reveja seus conceitos, parça. Falar um monte de asneira a respeito de haver ou não religião no mundo não vai mudar absolutamente nada por esses ataques. Nunca mudou.
O motivo ainda é o mesmo: dinheiro, poder, território, bens naturais. Deus? Esse sempre esteve em último lugar, apesar de ser o primeiro a ser proferido quando se quer manipular a opinião contra ou a favor da Existência Dele, o Único que É. Seja pelo diabo, seja por pessoas "boas" ou más, gênios ou limítrofes cheios de carisma.
E o seu verdadeiro poder de influência há muito só serve para quem muito crê. Há tempos, caso ainda não tenham percebido, nós jazemos em nossa pequenez, a rastejar na lama e na areia mas nos ufanando de termos encontrado um satelitezinho tosco e sem vida, num vasto mar infinito de quatrilhões de estrelas vivas. Parabéns, palmas pra nós. Evoluímos demais em 4 bilhões de anos. clap clap.
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