Cuiabá | MT 24/04/2024
Lourembergue Alves
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Sexta, 08 de maio de 2015, 17h04

Uma jogada adversa - 1

O jogo político-eleitoral é cheio de jogadas truncadas. E isso se deve à falta de habilidade de seus atores, bem como de quem os orientam. Pois, se o contrário fosse, e isso é óbvio, muitos de seus desacertos jamais teriam sido registrados.

Veja, por exemplo, o retrato negativo da gestão Wallace Guimarães em Várzea Grande. O que resultou em descontentamento e insatisfação dos munícipes.

Tal situação favoreceu a decisão da Justiça Eleitoral sobre as denúncias de compra de votos, caixa 2, fraude na prestação de contas e abuso do poder econômico.

Moral da história: o peemedebista teve o registro de candidatura cassado.

Isso depois de dois anos e quatro meses. Ufa! O porquê de tanta demora! Explicação que não virá. Não de onde deveria vir.

Então, cabe aqui uma pequena observação: se fosse o mandato a ser cassado, quem assumiria em definitivo a chefia da administração do município seria o presidente da Câmara local.

Mas, como foi o registro da candidatura a ser cassado, assume a segunda colocada da disputa de 2012, Lucimar Campos. "Agora, não se pode, nem deve cobrar da prefeita Lucimar Campos que resolva todos os problemas, até porque 1 ano, 7 meses e 23 dias não é o bastante para solucionar os problemas de décadas"

Isso significa dizer, com tantas as letras, que o mandato do Wallace foi ilegal (cabe recurso), e, portanto, se quiser, a prefeita pode cancelar todos os contratos firmados na referida gestão ilegal.

Levanta-se tal questão para exemplificar o tamanho do prejuízo causado pela Justiça Eleitoral.

Esta deveria ter julgado as denúncias, protocoladas pelo DEM e reforçadas pelo Ministério Público Eleitoral, lá atrás, ainda em 2012 ou, no mais tardar, no início de 2013.

Infelizmente, a Justiça Eleitoral não cumpriu o prazo necessário, e, desse modo, provocou prejuízos enormes a sociedade, à cidade, à prefeitura, aos democratas e ao grupo de apoiadores do peemedebista Wallace Guimarães.

Por outro lado, o Wallace Guimarães também errou muitíssimo. E não se refere apenas as questões de campanha, mas igualmente por não fazer uma boa gestão. O que explica e justifica as reclamações dos várzea-grandenses.

Por isso, quando se noticiou a respeito da cassação de sua candidatura, comunidade alguma de moradores se levantou para solidarizar-se com ele - para apoiá-lo.

Viu a si próprio quase desolado, agarrado tão somente na possibilidade jurídica de recorrer, sem que haja nenhuma garantia de retorno. E, de fato, não há.

De todo modo, regras são criadas para serem cumpridas. Chega de se dar um jeitinho. Ainda que se saiba que ‘justiça tardia não é justiça‘.

Agora, não se pode, nem deve cobrar da prefeita Lucimar Campos que resolva todos os problemas, até porque 1 ano, 7 meses e 23 dias não são o bastante para solucionar os problemas de décadas, que aprisionam os moradores e subtraem o colorido da cidade, fazendo-a perder o próprio status de Cidade Industrial.

Mas qualquer ação que venha a viabilizar, voltada ao interesse da sociedade, pode lhe garantir a reeleição

(Continua no domingo).

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista político em Cuiabá. E-mail: lou.alves@uol.com.br
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