Luiz Marchetti |
“Somos transformadores e vamos transformar o mundo com muito amor”, convida o professor Waldir Rosendo, em palestra às crianças dos 5º e 6º ano matutino da Escola Municipal Abdala José de Almeida, na manhã dessa quinta-feira (07), em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março.
A ação compõe as programações de Dia das Mulheres promovidas pela Sala da Mulher – braço social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – e abre um ciclo de palestras sobre direitos humanos, por meio de parceria entre o departamento e o Centro de Referência em Direitos Humanos, onde professor Waldir trabalha.
“Nosso papel é contribuir para o combate das violências e, neste período de reflexão sobre as mulheres, divulgar as medidas de proteção delas”, explica o palestrante, que abordou repetidamente sobre a Lei Maria da Penha (lei federal nº 11340/06) e sobre a lei do feminicídio (Lei nº 13.104/15, que torna homicídio qualificado em caso de assassinato de mulher “por razões da condição de sexo feminino”).
As crianças aprenderam de forma bem lúdica, cantando com toda voz músicas de Jota Quest e de outras bandas de rock nacional, para assimilar o ensinamento de respeito entre elas, de identificar violência em casa, se proteger e não praticar contra as pessoas. “Amor, amor e amor”, repetiam em coro como um mantra.
“Eu aprendi que os meninos têm que respeitas as meninas, não bater nelas... e a gente não bater neles também, né?”, resumiu Emanuel Gomes de Menezes, de 12 anos.
“É uma alegria receber uma palestra como essa aqui em nossa escola, porque todo tipo de conscientização ajuda a combater a violência, dentro de uma cultura que têm violência no dia-a-dia. Escola não é só conteúdo didático, mas ensinamento para a vida”, reflete o diretor da unidade de ensino, Severino Corcino de Araújo.
“Esta é a primeira palestra de um ciclo que estamos promovendo, não só sobre os direitos da mulher, sobre identificar e combater violências contra elas, mas sobre direitos humanos, contra LGBTIfobia, contra racismo... Esse é o nosso papel e seguiremos fortalecendo essa parceria com o Centro de Referência em Direitos Humanos para que mais estudantes tenham acesso, aproveitar esta fase das crianças e adolescentes, tão abertos aos ensinamentos do mundo”, garantiu, otimista, a diretora da Sala da Mulher, Daniella Paula Oliveira.