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O Grupo de Líderes Empresariais - Lide Mato Grosso reuniu empresários, políticos, articulistas e jornalistas para debater as tendências para o Brasil, nas áreas política e econômica, em 2018.
Com o tema "O que esperar de 2018?", no cenário econômico, as perspectivas são bastante otimistas apontaram os convidados. A economia mundial está caminhando bem, os mercados internacionais estão cada vez mais abertos as exportações brasileiras e existe muita liquidez financeira no mundo, um cenário favorável aos projetos de privatizações e concessões que o Brasil precisa fazer.
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O evento teve como debatedores o diplomata, economista e cientista político, Marcos Troyjo, e o sócio fundador da Empiricus e correspondente da Newsletter Day One, Felipe Miranda. O mediador do debate foi o colunista da Revista Veja e apresentador do programa Roda Viva da TV Cultural, Augusto Nunes.
Porém, para poder aproveitar o bom momento da economia mundial, o Brasil precisa fazer as reformas econômicas necessárias, como reforma da Previdência, consolidação das reformas trabalhistas e, principalmente, uma ampla reforma tributária e fiscal.
"Mesmo com toda a crise financeira que estamos enfrentando, o Brasil ainda é o segundo maior país do mundo em economia emergente. O mundo vive um bom momento, e nós não podemos perder mais essa oportunidade, não podemos nos dar a este luxo. Mas, para isso, são necessárias reformas estruturais", destacou Troyjo.
O Brasil tem hoje a maior carga tributária - sobre toda produção - entre os grandes países, em torno de 35%. No Chile, por exemplo, que tem uma carga tributária também considerada alta, este valor fica em 28%. Já na China, que é uma das maiores economias do mundo, a carga tributária é de apenas 15%.
Política
Os rumos da economia brasileira dependem do presidente a ser eleito em 2018. Sobre as eleições, os debatedores disseram que o pleito está completamente aberto e que, para 2018, só existem duas certezas: o ex-presidente Lula – líder nas pesquisas eleitorais - está fora do páreo, não podendo ser candidato, devido a sua condenação em segunda instância no caso do tríplex no Guarujá (SP); a segunda certeza é que o brasileiro quer o novo, isto é, estará em busca de candidatos que sejam novidade e que não façam parte da chamada "velha política".
"O Brasil mudou muito nos últimos quatro anos, está avançando institucionalmente. As instituições estão se fortalecendo. O povo apoia o combate a corrupção. Quer o novo", frisou Augusto Nunes.
Para Augusto, o Brasil é um país em busca de novos partidos e candidatos e pouco está sendo oferecido, não há renovação na política. "Como em 1989, esta será a eleição do novo e os nossos políticos não estão vendo isso. O Brasil avançou e os políticos não estão vendo isto".
De acordo com Felipe Miranda, existem dois fatores econômicos que conduzem o eleitor na hora do voto: inflação e emprego. Ele apontou que a inflação está em franca queda no Brasil e que o índice de emprego está melhorando. "Então a tendência é que a escolha do presidente seja de quem mantenha o país no rumo que está, com reformas e a linha econômica que já está em curso", aposta Felipe.
Para o presidente do Lide-MT, Pedro Neves, a disputa eleitoral deste ano será uma das mais importantes da história da democracia brasileira e promete ser disputada voto a voto. "Os nomes que participaram deste encontro estão entre os principais pensadores da atualidade e temos que aproveitar para provocar, questionar, entender o Brasil que queremos no futuro", destacou.