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Balanço Caixa 2017-banner.jpgO resultado financeiro da Caixa Econômica Federal do ano passado mostra que a instituição se mantém forte e competitiva no mercado. Nos últimos dez anos, o lucro líquido aumentou em cinco vezes, saltando de R$ 2,5 bilhões, em 2007, para R$ 12,5 bilhões no ano passado – o melhor desempenho da história da instituição. No ano passado, o resultado foi 202,6% superior em relação ao ano anterior.
“A CAIXA está em uma situação crescente e sólida”, destacou Gilberto Occhi, ex-presidente do banco, que apresentou o Balanço CAIXA 2017 em 27 de março. “Vamos continuar a trabalhar a eficiência do banco. O nosso grande objetivo é a redução de nossas despesas e a melhoria de nossas receitas, principalmente as receitas de prestação de serviços”, disse o agora ministro da Saúde.
Receitas em alta
A busca da eficiência tem sido uma das principais orientações da CAIXA. Segundo o Balanço 2017, essa diretriz teve reflexo positivo nas receitas com prestação de serviços, que saltaram de R$ 18,4 bilhões, em 2014, para R$ 25 bilhões no ano passado.
“É isso que estamos construindo, com transparência, com retorno a seu acionista (Tesouro Nacional) e cumprimento das políticas públicas”, disse Occhi. Já as despesas administrativas subiram de R$ 10,9 bilhões, em 2014, para R$ 11,9 no ano passado, mas caíram 2,3% em relação aos R$ 12,2 bilhões em 2016.
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Entre 2014 e 2017, os ativos do banco evoluíram de R$ 1,065 trilhão para R$ 1,261 trilhão. O destaque nesse período foram os fundos de investimento geridos pela CAIXA, que cresceram significativamente, de R$ 235 bilhões para R$ 337 bilhões.
Com mais eficiência, a CAIXA também vem aprimorando a gestão de risco de suas operações. “Estamos nos fortalecendo principalmente no indicador de inadimplência, que está abaixo da concorrência”, reforçou Occhi. A inadimplência do banco alcançou no ano passado 2,25% do total de empréstimos. Foi o menor nível dos últimos cinco anos e significativamente abaixo da taxa do mercado (3,49%).
Gestão do risco
O vice-presidente de Finanças e Controladoria, Arno Meyer, observa que a CAIXA vem fazendo um grande ajuste na carteira de crédito comercial, sobretudo nos créditos de longo prazo, que apresentam maior risco. Segundo ele, a instituição prioriza o crédito para habitação e infraestrutura, que oferecem menor risco e ainda representam a bandeira social da CAIXA.
A Campanha Quita Fácil, lançada em maio do ano passado, também está contribuindo de forma significativa para a recuperação de débitos e ajudando a reduzir os índices de inadimplência. Em 2017, a CAIXA recuperou R$ 3,723 bilhões de créditos sem pagamento – um aumento de 389,8% na comparação com os R$ 760 milhões resgatados no ano anterior.
“A campanha oferece descontos importantes para pagamentos à vista de créditos inadimplentes. Em 2017 tivemos um resultado expressivo de recuperação desses créditos dados como prejuízos e a nossa estratégia é manter a campanha ao longo deste ano”, declarou Paulo Henrique Ângelo Souza, vice-presidente de Riscos do banco.