As fusões e aquisições atingiram o maior patamar desde 2007, potencialmente marcando o início de um novo ciclo de forte atividade para esses negócios com as economias emergentes representando uma parcela significativa dos acordos globalmente.
Dados da Thomson Reuters mostraram que as fusões e aquisições cresceram perto de um quinto este ano, para R$ 3,8 trilhões (US$ 2,25 trilhões) em todo o mundo. Os números preliminares indicam que os países emergentes responderam por um recorde de 17% do total das transações, com destaque para o setor de energia.
O próximo ano pode ser ainda mais agitado. Executivos, banqueiros, grandes investidores e analistas estão entre os que esperam mais atividade em 2011.
Crédito barato, recorde de dinheiro em caixa, necessidade de buscar um crescimento acelerado e reação positiva dos mercados a muitos acordos de fusões e aquisições em 2010 devem incentivar as companhias a fecharem mais negócios.
Henrik Aslaksen, Deutsche Bank, chefe global de fusões e aquisições do banco alemão, disse que os negócios em 2011 devem exceder 2010.
- Há mais confiança, há ampla liquidez, os custos de financiamento estão atrativos e há muito trabalho nas empresas para identificar oportunidades de crescimento. A fila de negócios é muito ampla. Não está confinada a um ou dois setores.
Executivos de alto escalão esperam R$ 5,1 trilhões (US$ 3 trilhões) em fusões e aquisições no ano que vem, mostrou pesquisa recente da Thomson Reuters/Freeman.
Emergentes
Os emergentes fecharam transações numa cifra recorde de R$ 642 bilhões (US$ 378 bilhões) em 2010, enquanto os países desenvolvidos foram mais vagarosos.
No geral, a atividade global de fusões e aquisições cresceu 19%. Nos Estados Unidos, o aumento ficou em 11%, enquanto na Europa --afetada pela crise fiscal em alguns países da zona do euro-- a alta foi de 5%.
O chefe de fusões e aquisições do Citigroup na Ásia-Pacífico, Colin Banfield, disse que o câmbio está ajudando companhias da região, que têm planos de crescimento mais ambiciosos e estão contemplando acordos maiores.
O setor de energia foi o mais ativo em 2010, com aumento perto de 40% das fusões e aquisições anunciadas, totalizando R$ 819 bilhões (US$ 482 bilhões) globalmente, seguido pelos setores financeiro e de materiais básicos.