Redação
Alertando para o fato de que a denúncia dos grampos telefônicos de autoridades em Mato Grosso foi feita, não de forma anônima, mas sim por um respeitado Promotor de Justiça, o Partido dos Trabalhadores emitiu nota condenando o fato que envolve a Polícia Militar de Mato Grosso e o próprio governo do Estado. A denúncia das escutas, promovidas de forma irregular, envolvendo políticos, advogados, médicos, servidores públicos e um jornalista, foi primeiramente levada ao governador Pedro Taques em dezembro de 2015 pelo então secretário de Segurança, o promotor Mauro Zaque, dias antes de pedir exoneração do cargo. Posteriormente, sem providências por parte do Estado, Zaque notificou a Procuradoria Geral da República, que agora investiga os fatos e, inclusive, o próprio governador.
Segundo Mauro, a suspeita recaia ao Comando Geral da PM, conduzido pelo coronel Zaqueu. O próprio governador reconheceu, em entrevista coletiva, que Mauro Zaque havia pedido a exoneração de Zaqueu, mas não concordou. Em janeiro de 2016, Zaqueu pediu exoneração.
Conforme nota distribuida pelo PT, o fato [das escutas] é gravíssimo sobretudo pelo suposto consentimento do governo do estado.
"O caso não pode ser minimizado por nenhuma autoridade competente. Trata-se de uma afronta aos direitos civis e a democracia. Nenhuma operação em curso no país é tão aguda do ponto de vista criminoso quanto a violação do sigilo pessoal garantido pela constituição federal" - diz a nota, lembrando que o autor da denúncia formal exercia o cargo de secretário de estado de segurança pública, portanto, é fundamental que a presente denúncia seja rigorosamente investigada".
Em nosso País "ninguém está acima da lei", por isso o Partido dos Trabalhadores solicita das autoridades responsáveis a maior imparcialidade e rigor nas investigações, e que informe para a sociedade os integrantes dessa Organização Criminosa (ORCRIM), e a quem interessa grampear adversários políticos"