Mato Grosso registrou 787 sessões de Tribunal do Júri em 2018, o que equivale, em média, a 3,12 julgamentos por dia útil. No mesmo ano, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública, aconteceram 916 homicídios. Considerando ainda o número de tentativas de homicídio, que estão fora dessa estatística, é possível afirmar que há muito trabalho pela frente para os promotores de Justiça que atuam no júri. Ao discursar na abertura do IX Encontro Estadual do Tribunal do Júri, o procurador-geral de Justiça do Estado, José Antônio Borges Pereira, reiterou que “o combate aos crimes dolosos contra a vida é, e continuará sendo, prioridade para o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT)”.
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O chefe do MPMT afirmou que, dada a importância do tema, o encontro será mantido ao longo da gestão 2019/2021, fortalecendo ainda mais a capacitação dos promotores que atuam em defesa da vida. “Não mediremos esforços para treinar e dar todo o suporte necessário aos colegas que atuam no júri”, enfatizou. Já o promotor Wagner Cezar Fachone, coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), reforçou que o encontro é o mais tradicional entre os eventos temáticos do MPMT.
Conforme o presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Aparecido Turin, a defesa da vida é um ícone da instituição. "Agradeço o interesse dos colegas em crescer, evoluir, aprender e discutir, visando melhorar a atuação no plenário. Isso é fundamental, traz fôlego e ânimo para o exercício das funções", declarou. Para o presidente da Confraria do Júri, promotor Caio Márcio Loureiro, "por mais paradoxo que possa ser, apesar de o júri reunir toda a sociedade em razão da morte ou de um atentado à vida, a sessão solene se instala justamente para reverberar que a sociedade organizada não tolera isso".