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de Sinop
Oito pessoas foram presas no final da tarde de terça-feira acusadas de corrupção eleitoral em Lucas do Rio Verde. Policiais civis fizeram, também, por ordem da justiça eleitoral, busca apreensão em uma gráfica e um posto de combustível, acompanhados de servidor da Justiça Eleitoral, apreendendo vários "vales combustíveis", requisições e listas de controle da entrega desses vales, com identificação das placas dos favorecidos e assinaturas dos que retiraram os vales.
O delegado Marcelo Torhacs informou que, durante a diligência, "alguns interessados em obter a vantagem indevida (vales combustíveis) compareceram à gráfica, confirmando as denúncias recebidas na Justiça Eleitoral. Outra equipe de policiais cumpriu mandado no posto apreendendo vários "vales combustíveis" oriundos da referida gráfica, sendo que, durante a diligência, alguns participantes do esquema de corrupção compareceram ali, munidos de vales combustíveis para obter a vantagem indevida prometida".
Torahcs disse o proprietário da gráfica, que está preso: "Ele disse no local do fato que os vales eram para mais duas coligações envolvendo candidatos a deputados. Ele disse desconhecer nomes. Os policiais e servidores da justiça eleitoral também ouviram esta versão, que consta no inquérito. No interrogatório, o dono da gráfica se reservou direito de ficar calado", explicou.
O delegado acrescenta que as investigações apontam a existência de um esquema de compra de votos através de vales combustíveis, em que os interessados, corrompidos por indivíduos sob investigação, supostamente ligados a coligações e candidatos, compareciam à gráfica e permitiam que seus veículos - automóveis, caminhonetes ou motocicletas - fossem adesivados com propaganda eleitoral de candidatos diversos (não foram mencionados nomes dos acusados e investigados) em contrapartida, recebiam a vantagem indevida, qual seja, os "vales combustíveis", os quais eram trocados no posto".
Os oito presos podem ser condenados até 4 anos de reclusão. "Três deles, devido ao maior envolvimento e à reiteração das condutas criminosas, também foram autuados por crime de quadrilha", explica o delegado. Ele acrescenta que, "o crime de corrupção eleitoral abrange as modalidades ativa e passiva, de forma que, não somente aquele que promete, oferece ou efetivamente dá a vantagem indevida responde pelo crime, mas também aquele que recebe tal vantagem. A convicção política do indivíduo deve ser preservada. Não pode ser trocada por um vale combustível de ínfimo valor".
O delegado vai concluir o inqúerito, nos próximos dias, e será encaminhado para a Justiça Eleitoral.