Cerca de 30 policiais militares do 10º Batalhão de Polícia Militar, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) participaram da ação que libertou agora há pouco cinco crianças que eram mantidas em cárcere privado por uma pessoa da família, sendo que duas delas eram filhas e as outras três eram sobrinhas do suspeito. A ocorrência foi registrada na rua Manoel Leopoldino, no bairro Araés, praticamente centro de Cuiabá.
A ação teve início por volta das 8h30 e foram cerca de três horas de negociação. Num primeiro momento, a polícia conseguiu libertar duas crianças, um casal de sobrinhos, ambas de dez anos de idade. Ao final da negociação os policiais libertaram as outras três crianças, sendo dois filhos (um de três anos e outro de nove meses) e um sobrinho de dois anos de idade.
As crianças foram encaminhadas ao Pronto Socorro de Cuiabá. O suspeito, identificado como João Marcelo de Oliveira (37), foi conduzido até a Central de Flagrantes, na capital. De acordo com o irmão dele, Rodrigo de Oliveira (30), João Marcelo faz uso de medicamentos controlados. No entanto, no local, vizinhos chegaram a afirmar que ele é usuário de entorpecentes.
Conforme o policial do Bope que fez a negociação, o capitão PM Ronaldo Roque da Silva, João Marcelo chegou abrir as válvulas do fogão para liberar o gás de cozinha e ameaçava incendiar a casa com as crianças dentro. “É a primeira vez que ele age dessa maneira. Hoje ele exagerou, ele vai precisar de muito tratamento para não cometer mais esse tipo de coisa”, disse o irmão preocupado.
Segundo o Comandante Regional de Cuiabá, o coronel PM Zaqueu Barbosa, uma pessoa teria solicitado uma viatura policial para atender uma ocorrência de agressão. “O que foi dito via Centro Integrado de Operações de Segurança Público, o Ciosp, é de que um homem estaria agredindo a cunhada dentro da casa. Quando a viatura chegou ao local deparou com ele já ameaçando manter as crianças de refém, sem um motivo aparente”, relatou o coronel.
O capitão PM Roque destacou a ação dos policiais que conseguiram, sem o uso da força, finalizar a ação com êxito. “Tivemos um desfecho positivo porque empregamos de forma adequada o processo de gerenciamento de crise, em que conseguimos obter êxito, alcançando uma solução negociada”, esclareceu.