Para cobrir as necessidades básicas de 940 mil pessoas na Líbia, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e instituições parceiras lançaram na quinta-feira (25) um apelo financeiro por 313 milhões de dólares. Montante será utilizado para levar assistência e proteção a populações vulneráveis. País vive prolongada crise política e conflito armado.
Após a queda de Muamar Kadafi em 2011 e a contestação dos resultados das eleições de 2014, a Líbia virou palco de confrontos internos entre facções rivais e diferentes entidades armadas. A atual crise humanitária é fruto da instabilidade política e do que a ONU vê como “um vácuo de governança”, que levou ao colapso das instituições no país.
“Em meus encontros com homens, mulheres e crianças líbios, vejo pessoas que querem se sentir seguras, ter seus direitos protegidos e saber que elas não precisam viver um dia de cada vez”, afirmou a coordenadora humanitária da ONU no país, Maria Ribeiro. “As dificuldades que o povo na Líbia enfrenta para satisfazer suas necessidades básicas são reais, e precisamos todos ter consciência do custo da falta de ação.”
O apelo humanitário financiará a implementação de 71 projetos por 22 organizações, entre elas, agências da ONU e organismos não governamentais nacionais e internacionais. Iniciativas visam melhorar condições de vida e levar serviços para pessoas internamente deslocadas, cidadãos que estão retornando para suas comunidades e outros líbios e estrangeiros em situação de risco, como migrantes, refugiados e solicitantes de refúgio.
Os recursos também fortalecerão as capacidades das famílias em lidar com as pressões prolongadas do cenário de instabilidade, fragmentação e crise econômica.