Recente pesquisa da Ohio State University mostra como as notícias falsas espalhadas com o objetivo de minar a campanha da democrata Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos, em 2016, podem ter sido decisivas na vitória do republicano Donald Trump. O estudo sugere que cerca de 4% dos norte-americanos que votaram no presidente Barack Obama em 2012 foram dissuadidos de votar em Hillary por acreditarem em falsidades.
O estudo foi feito com base em três das mais populares mentiras propagadas nas redes sociais durante a campanha presidencial norte-americana junto a 585 partidários de Obama. A primeira falsidade, a de que Hillary estava com uma doença grave, foi considerada como provavelmente verdadeira por 12% dos pesquisados. Já a farsa segundo a qual o Papa Francisco apoiou Trump convenceu 8%, enquanto 20% acreditaram na mentira sobre Hillary ter aprovado a venda de armas ao Estado Islâmico e outros extremistas.
No geral, cerca de um quarto dos eleitores de Obama que participaram do estudo disseram acreditar em pelo menos uma dessas histórias. Desse grupo, 45% votaram em Hillary. Daqueles que não acreditaram em nenhuma notícia falsa, 89% votaram na candidata democrata.
“Os eleitores de Obama que acreditavam nessas notícias falsas tinham ‘maior probabilidade de desistirem do voto democrata em 2016 que aqueles que não acreditam em nenhuma dessas falsas alegações’", escreveram os pesquisadores Richard Gunther, Paul A. Beck e Erik C. Nisbet. "Esses dados sugerem fortemente que a exposição a notícias falsas tem um impacto significativo nas decisões de voto”.
ANJ