As armas letais autônomas (laws, na sigla em inglês) são também conhecidas como "robôs assassinos e, se postas em prática, teriam a capacidade de identificar e eliminar alvos sem a necessidade de uma ação humana. O assunto, muito polêmico, está em discussão no escritório das Nações Unidas, em Genebra, e será debatido por especialistas durante toda a semana.
A Convenção sobre Certas Armas Convencionais (Convention on Certain Conventional Weapons - CWW, na sigla em inglês) trata sobre proibições ou restrições ao uso de certas armas convencionais que podem ser consideradas excessivamente lesivas ou ter efeitos indiscriminados.
O objetivo do encontro é proibir ou restringir o uso de tipos específicos de armas que causem sofrimento desnecessário ou injustificável aos combatentes ou que afetem civis indiscriminadamente.
Há diversos movimentos ao redor do mundo que pedem a proibição do desenvolvimento de "robôs assassinos". Uma das preocupações é que este tipo de arma possa ser utilizado de forma arbitrária, colocando em risco a vida das pessoas.
Documento produzido pelo Unidir (Instituto das Nações Unidas para Pesquisa de Desarmamento), que é um instituto autônomo dentro das Nações Unidas, afirma que um dos atuais desafios em relação a essas armas é a necessidade de uma discussão contínua e robusta entre os Estados sobre o armamento de tecnologias cada vez mais autônomas.
"Por causa do complexo legal, moral, ético e outras questões levantadas pelos sistemas de Inteligência Artificial, os formuladores de políticas deverão ser apoiados por profissionais de diversas áreas, como cientistas, engenheiros, militares, advogados, acadêmicos, membros da sociedade civil e outras vozes. Incluindo diversas perspectivas em discussões sobre armas letais autônomas que podem ajudar a garantir que as forças armadas usem as tecnologias emergentes de maneiras responsáveis", diz trecho do documento.
ABr