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A rede social de vídeos do Google, o YouTube, é criticada com frequência por causa de seu sistema de recomendações, que prioriza conteúdos mais eficazes no engajamento, boa parte deles desinformações, apologia ao ódio e teorias conspiratórias. Mas há muito mais problemas no YouTube. Um deles é antigo e voltou a ser detalhado em recente reportagem do jornal The New York Times: as visualizações falsas. O texto do diário norte-americano, relata o site Media-Tics, revela que, apesar das promessas feitas por vários anos pelo Google para solucionar a tramoia digital, continua muito fácil somar, em questão de horas, milhares de falsas visualizações em vídeos e, com isso, levantar muito dinheiro.
Os repórteres dos The New York Times contataram várias empresas especializadas no peculiar serviço de compra de visitas para vídeos que nem sequer haviam sido publicados no YouTube. Em apenas duas semanas, por meio de bots, milhares de visualizações foram adicionadas aos conteúdos, publicados após o acerto do negócio, além de comentários e curtidas; tudo falso. Os jornalistas informaram o YouTube sobre a experiência. A empresa reconheceu que se trata de problema antigo, mas procurou minimizar a sua proporção dentro da mídia social.
“[Trata-se] de um problema no qual estamos trabalhando durante muitos, muitos anos", disse Jennifer Flannery O'Connor, diretora de gestão de produtos do YouTube. A companhia, porém, sustenta que seus sistemas de detecção "são realmente bons" e que atualmente menos de 1% das visualizações totais da rede social são falsas. Mesmo assim, muita gente fatura alto com a falsificação. Martin Vassilev, por exemplo, é um deles. Apenas neste ano ele já levantou US$ 200 mil graças a 15 milhões de visitas que garantiu a vídeos de seus clientes, que contrataram seus serviços, em '500Views.com'.
ANJ