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A rede social de vídeos do Google, o YouTube, vem sendo criticada desde a semana passada por abrigar abusos às crianças, como pedofilia e incentivo à automutilação e suicídio. Mas o problema está presente também na mídia interativa preferida pelos adolescentes norte-americanos, o Instagram. Divulgada nesta sexta-feira (01), pesquisa da mais importante instituição de caridade britânica aponta que, entre abril e setembro de 2018, 22% de todas as 1944 tentativas de aliciamento de crianças registradas nesse período ocorreram na rede social de fotos e vídeos pertencente ao Facebook.
Com base em informações de 39 das 43 forças policiais do Reino Unido, a Sociedade Nacional para a Prevenção de Crueldade para com a Crianças (NSPCC na sigla em inglês) informou que o Instagram foi usado como canal de comunicação por parte dos pedófilos 428 vezes entre abril e setembro de 2018. O número representa um aumento de 239% (mais do que o triplo) em relação aos 126 casos registrados no mesmo período em 2017.
As mídias sociais foram utilizadas pelos pedófilos em 1317 casos entre abril e setembro do ano passado. O assédio no Instagram representa 32% desse total. Depois, aparecem Facebook (23%) e Snapchat (14). Crianças entre 12 e 15 anos são mais propensas a ser atacadas pelos pedófilos, disse a NSPCC, embora a instituição tenha constatado que muitas das vítimas tinham menos de 11 anos.
"É extremamente preocupante ver forte crescimento de casos de assédio no Instagram. Não podemos esperar a próxima tragédia para que as empresas de tecnologia atuem", disse o diretor executivo da NSPCC, Peter Wanless. No mês passado, segundo o site Business Insider, Adam Mosseri, CEO do Instagram esteve no Reino Unido para falar como políticos sobre a responsabilidade da rede social em casos de suicídios de adolescentes, depois da morte de Molly Russell, de 14 anos, que havia visto várias imagens de automutilação. O executivo comprometeu-se a proibir esses conteúdos na rede social.
ANJ