Redação
Em uma carcaça de cpu vários deles foram encontrados |
Moradores do bairro Residencial Coxipó estão preocupados com o grande número de caramujos que tomam conta dos terrenos baldios e até mesmo em residências. A população não sabe informar se é da espécie africana - que motivou alerta da saúde pública em anos passados.
Um morador enviou ao PlantãoNews fotos de quatro pontos onde os caramujos vem proliferando. Um deles na Avenida B próximo a um córrego. Sua preocupação redobra já que nas imediações existe uma creche municipal.
Ele disse que é difícil se ver a presença dos agentes de endemias no bairro e reclama do abandono dos locais públicos, como praças e até mesmo os estabelecimentos públicos, como escolas e unidades de saúde. E faz uma advertência: só se vê arrumando o campo de futebol do bairro.
O PlantãoNews ligou para a Vigilância Sanitária de Cuiabá nos telefones (065) 3617-1487/1483 mas não atendeu. A reportagem enviou um e-mail para o setor.
Locais assinalados pelo morador onde encontrou pontos com a presença de caramujos, contudo diz que não procurou em outros locais. |
A última informação encontrada no site da Prefeitura de Cuiabá sobre combate e prevenção ao caramujo consta do ano de 2014 onde a secretaria de saúde alertava sobre a presença do tipo africano que foi introduzido clandestinamente no Brasil como substituto do escargot. O molusco é um potencial hospedeiro dos nematoides (vermes) que podem causar a meningite e a peritonite.
Há época o coordenador da Defesa Civil, Oscar Amélito, recomendava para que os moradores realizem a catação dos moluscos utilizando luvas ou sacolas (nunca tocá-los sem proteção) e os coloquem em uma solução contendo água e sal. Para cada litro de água, deve-se dissolver 5 colheres de sal, ficando nessa solução por 3 horas e, em seguida, devem ser enterrados.
Além de transmitir doenças, suas conchas podem acumular água, contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue”, explica Amélito.
Marcos Borges Lanza, biólogo da Defesa Civil, explica que o caramujo africano é hermafrodita, por isso se reproduz com muita facilidade e rapidez. Cada caramujo pode botar até 350 ovos por ano. Além disso, não possui predadores naturais.
“É muito importante evitar o contato com o molusco e com a gosma dele, pois é ela que transmite doenças. Também é essencial enterrá-los, e não simplesmente jogá-los no lixo”, orienta.
Nota da Redação: Oscar Amélito dos Santos foi servidor de carreira da prefeitura de Cuiabá e dedicou mais da metade da vida à Defesa Civil do município. Ele morreu no dia 21 de fevereio de 2016, aos 58 anos, em decorrência de um câncer, o engenheiro civil serviu por 31 anos à Prefeitura de Cuiabá.