Os alunos do campo matriculados na rede pública de ensino historicamente foram transportados tanto para as escolas urbanas, num só período, exceto para as escolas estaduais: Palmital, Café Norte e Nova Galileia.
Contudo, o número de alunos do campo e especificamente das escolas acima tem diminuído expressivamente nos últimos anos.
Esta é a principal razão do replanejamento da oferta do serviço de transporte escolar.
A secretária municipal de Educação, Tereza Mangolin, explica que ainda em outubro de 2017 a secretaria de educação fez um levantamento das linhas e a contagem dos alunos que utilizam o transporte escolar, nas escolas estaduais: Palmital, Café Norte e Nova Galileia nos dois períodos chegando à conclusão que os ônibus têm capacidade para transportar todos os alunos com segurança e acomodações dignas em apenas um período.
De posse desses dados abriu-se dialogo com a assessoria pedagógica, representante da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) no município e lideranças das três escolas já mencionadas com apresentação de dados estatísticos que comprovam a importância do debate. Também foi apresentado o panorama à Câmara de Vereadores e encaminhado documentos com demonstrativo ao Secretário de Estado de Educação Marco Marrafon.
Todas estas articulações renderam pouco, pois houve muita resistência com relação à mudança, com a alegação de que o espaço físico das escolas não é suficiente para o atendimento.
Logo, o problema não é o transporte escolar e sim a insuficiência do espaço físico.
Como dito acima, estas escolas são estaduais, então, compete ao Governo Estadual fazer a adequação dos espaços, redimensionando os já existentes, haja vista que a exemplo de outras escolas com o mesmo número de salas atendem o mesmo número de alunos com o transporte sendo feito em apenas um período. Neste sentido, o município já se declarou parceiro para a efetivação das adequações. Afinal, fazer as adequações fica muito mais em conta do que manter uma frotas de 8 veículos rodando 266.400 km nos duzentos dias letivos.
Além disso, os motoristas que tem uma carga horária diária de 6h por dia, trabalham 14h por dia, ou seja, a hora extra é superior à carga horária normal
Diante do impasse o prefeito Noboru Tomiyoshi retomou o diálogo nesta terça-feira com o Secretário Estadual de Educação Marco Marrafon. Este informou que a situação está sendo estudada pela equipe de microplanejamento e dará um posicionamento.
AMM