Há quase uma década, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o governo do Brasil combatem a fome e fortalecem a produção agrícola de países da América Latina e Caribe. Em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC), o organismo da ONU mantém um programa de cooperação trilateral e Sul-Sul que já investiu mais de 50 milhões de dólares.
Para fazer um balanço dos resultados dos últimos dez anos e discutir novas frentes de atuação, o diretor regional da FAO, Julio Berdegué, foi a Brasília nesta semana para a reunião do comitê consultivo do programa de cooperação. A vinda do dirigente foi sua primeira visita oficial ao Brasil, desde que assumiu seu atual cargo em julho de 2017. Encontro ocorrido nos dias 25 e 26 de junho teve a participação de representantes do Itamaraty e outras instituições brasileiras.
A parceria entre a agência das Nações Unidas e o Brasil executa projetos na área de alimentação escolar, fortalece a cadeia de valor do algodão, dá apoio às estratégias nacionais de segurança alimentar e nutricional, promove o diálogo com a sociedade civil e divulga políticas agroambientais. Outra estratégia é a implementação da Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025. O programa de cooperação também visa à criação da Rede Latino-Americana de Políticas Públicas.
Brasil: referência para a região
Nos últimos 20 anos, o Brasil alcançou novos níveis de desenvolvimento por meio de uma série de políticas públicas de sucesso nas áreas de segurança alimentar e nutricional, erradicação da fome, alimentação escolar, direito humano à alimentação adequada, desenvolvimento rural e fortalecimento da agricultura familiar. As estratégias transformaram o país em uma referência, despertando o interesse da comunidade internacional, particularmente na América Latina e Caribe.
Esta foi a base para o programa de cooperação com a FAO — compartilhar experiências e aprendizagens do Brasil com outras nações da região. A ABC é a instituição responsável pela coordenação, negociação, aprovação e monitoramento das atividades, das quais participam diferentes ministérios parceiros. Fica a cargo do organismo da ONU estimular, organizar, promover, executar, monitorar e acompanhar os projetos nos países parceiros.
Entre as pastas federais e instituições brasileiras que apoiam a ABC e a FAO, estão os Ministérios do Desenvolvimento Social (MDS), Meio Ambiente (MMA) e Integração Nacional (MI), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (SEAD) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).