Equipamentos de som são vendidados em outros segmentos
Como aconteceu com os celulares que são encontrados até em casas de materiais de construção, as TVs, tocadores de MP3 e DVDs começam a ser encontrados à venda em diferentes ramos do comércio. Entre as varejistas que estréiam no mercado de eletrônicos estão C&A, Blockbuster, Saraiva e Tok&Stok. Elas não pretendem rivalizar com gigantes como Casas Bahia e Ponto Frio. Vestuário continua sendo o foco da C&A, assim como o aluguel de filmes para a Blockbuster, os livros na Saraiva e os móveis para a Tok&Stok.
As varejistas enxergam uma brecha no crescente mercado por novas tecnologias digitais, como as TVs de tela fina, o fenômeno de vendas iPod ou as minúsculas câmeras fotográficas. Segundo Marcos Vignal, presidente da Blockbuster, o site da rede de videolocadoras já recebe 400 mil visitantes por mês. Percebemos que poderíamos capturar esse consumidor, diz Vignal, que transformou há um mês o endereço na internet em um pontocom. A Saraiva também começou a vender eletrônicos em sua loja virtual há oito meses e agora começará a expor os produtos em algumas livrarias.
Entre os fatores que ajudam a derrubar o muro que separa cada segmento do varejo está a pulverização do crédito pelos bancos. Embora estreantes no setor de eletrônicos, as varejistas conseguem oferecer a seus clientes financiamentos em 10 a 12 vezes sem juros no cartão de crédito, como fazem as grandes do ramo.
Para os fabricantes, quanto mais redes interessadas em seus produtos, melhor. A febre digital ajuda a indústria de linha marrom, mas a de linha branca não pode dizer o mesmo. O setor passou por maus momentos em setembro, quando a produção caiu 36,4%.