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Nesta quinta-feira (1º de junho), 14 turmas de adolescentes do Ensino Médio que estudam na Escola Estadual Dione Augusta Silva Souza, no bairro CPA IV, em Cuiabá, tiveram uma aula especial. Em vez de matérias tradicionais como matemática e língua portuguesa, o tema da vez foi o Poder Judiciário, em especial os juizados. A apresentação foi feita pelo técnico judiciário Neif Feguri Neto, que desenvolve o projeto Nosso Judiciário com o auxílio do servidor Antonio Cegati. Esta foi a 56ª escola a ser visitada in loco pela iniciativa.
Cada um dos aproximadamente 440 alunos participantes, divididos em duas turmas, recebeu uma cartilha, intitulada “Como funcionam os juizados especiais”. Na sequência, a explicação do instrutor. “Essa é a 56ª escola visitada. Estamos hoje aqui passando informações sobre direitos, direitos do consumidor, juizados especiais, dizendo um pouco sobre o risco das drogas, violência, ameaças, enfim, enfatizando aos adolescentes, futuros acadêmicos, para que procurem agir de forma correta, que não sujem seus nomes, não estraguem uma carreira que podem ter pela frente”, salientou Neif.
Conforme o palestrante, com a iniciativa o Poder Judiciário visa à aproximação cada vez mais da sociedade. “Esse é o intuito do projeto Nosso Judiciário. Nós estamos fazendo um exercício de cidadania, buscando essa interação com o cidadão de maneira pacífica e correta”, complementou.
Para a estudante Liéria Brandão, de 17 anos, do terceiro ano, a ação foi importante. “É necessário que haja esse tipo de palestra que informe os alunos, pois seremos nós o futuro da cidade. Muitas pessoas não conhecem os seus direitos e é importante que saibamos sobre eles”, opinou. Segundo ela, este tipo de ação é importante também para ajudar os alunos a definir seu futuro profissional. “A gente não tem muita exposição às profissões e esse tipo de palestra nos ajuda a visualizar melhor e pensar ‘ah, talvez isso combine comigo’”, complementou a aluna, sobre a possibilidade de cursar Direito.
Nathan Fernandes, 16 anos, também do terceiro ano, reconheceu não saber muito sobre o funcionamento da Justiça Estadual e, por conta disso, enfatizou a relevância de ações como o Nosso Judiciário. “É muito importante o que nos foi repassado, como não se envolver com drogas e não sujar nosso nome. Os alunos ficaram mais ligados sobre algumas leis, entre outras informações repassadas. Já pensei em atuar na área de Direito e é uma grande probabilidade”, asseverou.
Para a articuladora de projetos da escola, Teresinha Nalim, o projeto Nosso Judiciário é de suma importância. “São esclarecimentos sobre os direitos e deveres que a maioria desconhece. Às vezes coisas simples que eles podem buscar ajuda, buscar resolver, e eles não sabem aonde recorrer. Essa ação é de suma importância porque eles levam essas informações para os familiares e vizinhos. O Tribunal está fazendo a divulgação dos direitos do cidadão que a maioria desconhece. Então, é muito importante esse trabalho, principalmente com as escolas de ensino médio, porque são alunos já adolescentes, que já têm problemas que precisam solucionar e levam isso para a família”.