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O programa Bem Viver do Poder Judiciário de Mato Grosso, em parceria com a Associação de Amigos do Autista de Cuiabá (AMA), realiza no próximo dia 20 de abril um ciclo de palestras com temas ligados ao Autismo - Aceitação e Inclusão. A ação será aberta ao público e vai ser realizada no auditório Gervásio Leite, na sede do Tribunal de Justiça, das 14h às 18h.
Além das palestras, no evento também haverá roda de conversa com os profissionais que irão fazer as palestras e os participantes. “A ideia é proporcional a troca de experiências, dar respostas às dúvidas das pessoas e promover esclarecimento a conscientização em relação chamado Transtorno de Espectro Autista - o TEA, como o próprio nome aponta, é um “espectro”, destaca a coordenadora do evento Jane Selma Barbosa, que é a servidora da Coordenação de Recursos Humanos do TJ.
Ela explica ainda que o TEA engloba várias condições ligadas ao autismo em um único diagnóstico. “Fazem parte do TEA o autismo propriamente dito, a Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado (PDD-NOS). Todos estes diagnósticos, portanto, fazem parte do Transtorno do Espectro Autista. É muito importante a conscientização de todos, principalmente neste mês por ocasião do Dia Mundial pela Conscientização sobre o Autismo (2 de abril), porque o conhecimento diminui o preconceito. A aceitação tanto da família, quanto da sociedade ainda é um desafio e queremos ajudar neste em outros pontos sobre o TEA.”
O diagnóstico de um transtorno do espectro é um passo fundamental para um bom plano de tratamento. Deve ser o resultado de uma avaliação minuciosa e cuidadosa, feita por equipe multiprofissional e com experiência nesse tipo de atividade. A variedade de apresentações do autismo é tão grande que não se encontram duas pessoas autistas com as mesmas dificuldades e habilidades.
Diagnóstico - Para os pais da pequena Larissa de Castro Vasconcelos, 6 anos, que tem o Transtorno de Espectro Autista (TEA), existe uma grande dificuldade de se chegar ao diagnóstico. “No caso da minha filha foi ainda mais complicado por ela ter nascido surda total bilateral e só voltou a ouvir depois dos 2 anos e 3 meses com um implante coclear. Mesmo depois de ela ter voltado a ouvir eu percebi que ela não desenvolvia a fala, a interação e ela ficava sozinha, então fui em busca de especialistas, que aqui em Cuiabá não quiseram fazer o diagnóstico – então tivemos que levar a Larissa para São Paulo – onde uma equipe de especialistas da Universidade de São Paulo (USP) deu o diagnóstico para autismo”, relatou a servidora do PJMT, Andreia Santana de Castro Vasconcelos, mãe da Larissa.
Para Washington Heder de Castro Vasconcelos, pai da Larissa a procura de tratamento para o autismo faz a diferença. “Existem pais que não querem ver o autismo. Nós desde o início corremos atrás, pois percebemos que o comportamento nossa filha não era normal. Mesmo não tendo diagnóstico já tinha intervenção com terapias, o que podíamos fazer em relação às terapias já estávamos fazendo, mas precisávamos ter um diagnóstico. Os médicos diziam que não precisávamos do diagnóstico, o que era preciso fazer estávamos fazendo, mas eu queria uma resposta porque minha filha, apesar de estar ouvindo, não desenvolvia a fala. Então tudo que nós fizemos foi fundamental para a Larissa. A intervenção precoce foi fundamental para ela se desenvolver, hoje ela pode fazer tudo que faz, porque a gente interveio desde o início” destacou o pai.
Para quem se interessa em saber mais do assunto, a página da AMA - Associação de Amigos do Autista de Cuiabá está disponível no Facebook.