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O Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso – Sindpeco – , emitiu nota onde responsabiliza o delegado de Polícia Civil Christian Cabral, sobre a velocidade em que o veículo dirigido por uma médica,atropelou um verdureiro no dia 14 de abril de 2017 na avenida Miguel Sutil em Cuiabá.
Segundo o sindicato, o Laudo expedido pela Diretoria Metropolitana de Criminalística (DMC) em nenhum momento traz como conclusão que o veículo atropelador estava sob uma velocidade de 30 km/h no momento da colisão e que, em resumo, o Laudo Pericial "é cristalino no sentido de definir a impossibilidade de se chegar a um quantitativo de velocidade do veículo, face à grande carência de vestígios técnicos encontrados no local no momento dos exames periciais; ou ipsis litteris encontrado na pág.16 do mesmo: "A escassez ou a insuficiência de vestígios, a evasão do veículo, a ausência de reação (frenagem) e a manobra evasiva (desvios) vieram a dificultar a estimativa ou cálculo de velocidade no momento da colisão. Sendo possível apenas estimar as frações (partes segmentadas) de energia envolvidas no embate com os itens 1 e 2, citados anteriormente."
Diz a nota "a errônea interpretação e divulgação dos "30km/h" partiu exclusivamente do Delegado responsável pelas investigações, Sr. Christian Cabral, que por motivos desconhecidos entendeu por bem divulgar este dado como se verdade fosse"; ressaltando que desde o momento da ocorrência do infortúnio acidente o Perito Criminal responsável pelo local de crime sempre se colocou à disposição do Delegado, tendo, inclusive, mantido contato com o mesmo em outras oportunidades para tratativas sobre o andamento da perícia. "Nessa situação, caso restassem dúvidas sobre o resultado do laudo pericial, no momento do recebimento, o natural seria que houvesse o contato com o Perito (ou com seus superiores) para dirimir eventuais dúvidas e obscuridades, tendo causado estranheza que a atitude escolhida tenha sido a de divulgar (erroneamente, repita-se) um resultado que em nada traz de benefícios à investigação" - pontua a nota.
O Sindicato afirma ainda que a atitude pessoal do Delegado resultou em "uma consternação social" direcionada contra toda a categoria dos Peritos Criminais e contra a instituição Politec, manchando a confiabilidade da categoria, cujo lema é a busca pela verdade material com base exclusivamente na técnica, podendo, inclusive, ter resultado em prejuízo para o próprio andamento das investigações policiais e que tal atitude, além dos prejuízos morais a toda categoria dos Peritos Criminais, causa estranheza, pois uma das diretrizes da Secretaria de Estado de Segurança Pública é voltada à "Integração das Forças de Segurança Pública" e vai de encontro a todo o trabalho positivo que tem resultado da integração havida nos últimos anos entre todas as instituições da Segurança Pública do Estado de Mato Grosso.
A nota cita ainda que a categoria dos Peritos Oficiais Criminais é voltada ao trabalho puramente técnico de busca de vestígios resultantes de toda ação criminal, sempre tendo como meta a busca pela verdade e pela justiça, e toda veiculação que venha a afetar a confiabilidade dos trabalhos técnicos produzidos pelos profissionais da Perícia Criminal afeta toda a categoria, afeta toda instituição Politec", ressaltando que se encontra em análise na Gerência de Áudio e Vídeo da Criminalística perícia que visa estimar a velocidade do veículo no momento da colisão (dentre outros objetivos) tendo por parâmetro a análise dos vídeos do acidente disponibilizados pelo requisitante, dessa forma, a Politec envidará esforços, como sempre envidou, no sentido de auxiliar da melhor maneira as investigações do fatídico acidente".