Fotos por: Junior Silgueiro |
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Mais de 60 alunos da Escola Estadual Faustino dias de Amorim, do Distrito de Varginha, em Santo Antônio de Leverger, se reuniram em Cuiabá, na tarde de quinta-feira (11.05), com poetas, escritores e entusiastas da cultura mato-grossense.
A intenção do encontro, que ocorreu no escritório do advogado, escritor e ex-presidente da Academia Mato-grossense de Letras (AML), Eduardo Mahon, foi contribuir para a formação cultural dos alunos da comunidade.
Segundo a professora de História, Kelly Carvalho, que trabalha há 17 anos no Distrito de Varginha, a aproximação dos alunos com as artes começou em 2016, quando a escola abraçou o projeto Artista na Escola.
“No ano passado, acabamos convidando o escritor Eduardo Mahon para participar do evento, mas ele não pôde comparecer, então, ele desta vez organizou essa tarde para os estudantes; nossa escola fica na zona rural. Para os alunos, a cultura do Siriri e Cururu são comuns e a gente queria mostrar algo a mais, algo que eles não tinham tanto acesso”, lembrou.
No escritório, na Capital, Mahon esteve ao lado de escritores como Clóvis Matos, Aclyse Mattos, Olga Maria Castrillon, Marli Walker e outros. No encontro, ocorreram leituras de poemas, apresentações musicais do quinteto Camerata e encenações do grupo de teatro Cena Onze.
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Ana Margarida, da Coordenadoria da Educação do Campo da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), considera que os alunos tiveram uma oportunidade de se relacionar com poetas e escritores de Mato Grosso.
“Estamos passando por uma transformação na educação e essa parceria ajuda a esclarecer para nossos alunos a importância da poesia e da literatura para a construção de um cidadão”, contou.
Para Juliana Dias Amorim, de 11 anos, estudante do 6º Ano do Ensino Fundamental, a tarde propiciou que ela conhecesse gente nova. “Especialmente aquelas que escrevem poemas e histórias que podem trazer conhecimento para mim e para meus colegas”, disse ela. A menina contou que toca clarinete e que gosta de ler poemas, especialmente sobre o amor.
Renata Clara, de 17 anos, é aluna do 3º Ano do Ensino Médio e também divide o mesmo gosto que Juliana por poemas de amor. Para ela, a oportunidade foi única. “Para a gente, que não tem muito contato, e para as crianças mais novas, que estão tendo esse primeiro contato, está bem interessante, estamos conhecendo coisas que nunca vimos”.
Para Eduardo Mahon, o encontro vai gerar lembranças importantes aos estudantes. “Alguns vão escrever. Essa é a perspectiva, plantar a semente para gerar futuros escritores ou leitores. A gente acredita que só de incentivá-los à leitura já é o bastante, agora para se tornarem escritores, precisam do dom, que vem de cada um. Mas a gente mostra que é bonito ser escritor, que a gente vence na vida sendo escritor, não precisa nem ser dito, mas sim, mostrado”.