Concursos para motivar os alunos. Essa tem sido a aposta do Colégio Militar Dom Pedro II, de Brasília, mantido e administrado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. A iniciativa, por meio de estímulo da leitura e da escrita, já colheu bons frutos e os resultados, além de beneficiar os estudantes, que já conquistaram a primeira colocação em diversos concursos de redação, têm fortalecido o trabalho desenvolvido pela instituição. Os detalhes dessa história você conhece no programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, na edição desta semana, que vai ao ar nesta sexta-feira, 8.
A ideia partiu de um princípio: por que não valorizar o potencial dos estudantes e acreditar em seus talentos, seja em humanas, exatas ou biológicas? Quem nos conta o que surgiu disso é o coordenador de projetos da escola, Edgard Cândido dos Santos.
“Os alunos têm que ser protagonistas do conhecimento. Eles têm que estudar a história do país, economia... Eles são incentivados de várias óticas, não apenas da leitura. O aluno tem também que produzir”, defende o coordenador.
No colégio, que tem cerca de 3 mil alunos, os estudantes são expostos a diferentes formas de expressão do aprendizado visto em sala de aula. Uma delas é o incentivo à participação em concursos que estimulem a produção e interpretação de textos. Os que mais se destacam e se interessam são incentivados pelos professores a fazer a inscrição. E dá mais do que certo. Recentemente, dois estudantes conquistaram o primeiro lugar nas categorias ensinos fundamental e médio no 4º Concurso de Redação da Defensoria Pública da União, realizado em parceria com a Receita Federal, ONU, Unesco e Unicef.
“Do sexto até o nono ano nós já submetemos esses alunos a fazer concursos externos, seja dos Correios, seja do Senado, seja da Marinha”, conta Edgard, que aposta em várias frentes. “Tem biologia, olimpíada de história, olimpíada do saber, olimpíada de geografia. É muito certo que temos muitas aprovações nas engenharias. Primeiro foram as exatas, mas atualmente nós temos até olimpíadas de linguística. Ano passado tivemos uma aluna finalista em linguística também.”
Valorização – Os meninos finalistas do concurso de redação vão em maio a Viena, capital da Áustria, ler a redação em um evento promovido pelas Nações Unidas. O desempenho ficará estampado também na farda utilizada por eles – forma encontrada pelo Colégio de valorizar disciplina e dedicação aos estudos. “Nós temos aqui uma valorização para o aluno que é medalhista. Eles ganham o direito de andar com uma condecoração na farda, demonstrando que aquele aluno ali ele foi vitorioso em alguma das olimpíadas. E em cada uma dessas olimpíadas eles vão ganhando uma tarjetinha, seja da parte de humanas ou exatas. Aí, o menino quer completar a farda dele com o maior número possível de medalhas e barretas”, explica o coordenador.
Todos esses resultados fizeram com que a escola também fosse selecionada pelo Google para participar do Mind the Gap Brasil 2018 – projeto desenvolvido para incentivar maior atuação das mulheres na área de exatas, principalmente nas engenharias.