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Boca de galeria é obstruida com entulho, pedras e ferragens |
Alberto Romeu
Da Redação
Enquanto a população de Cuiabá passa por momentos de tormento toda vez que chove, em função do alagamento que ocorre na Avenida Fernando Correa, na entrada do Elevado da UFMT, a prefeitura da Capital simplesmente deixa de fazer seu dever de casa, e prefere jogar a culpa no governo estadual passado. O prefeito Mauro Mendes até falou em ‘implosão’ da obra e a Defesa Civil do município tomou uma atitude inusitada: sugeriu a proibição do trânsito pelo local.
Entrada de galeria próxima da Trescino |
Enquanto a discussão fica no âmbito político midiático a realidade é que, apesar de falhas na execução da obra, o governo do Estado e o governo Federal (a av. Fernando Correa é originária de uma rodovia federal, a BR 163/365) não tomam nenhuma atitude pontual para resolver o escoamento da água que fica retida na entrada do Elevado (engenheiros afirmam que não se trata de um viaduto), apesar da pouca distância de solução do problema, ligando a menos de cem metros o córrego do Barbado.
Muita terra e ainda madeira. |
O terceiro personagem, a prefeitura de Cuiabá, e que mais tripudia sobre a questão, contribuiu com o agravamento do problema, pois não executa os serviços de limpeza do meio fio, das bocas de lobo ou das galerias de águas pluviais. Percorrendo uma extensão da avenida, o PlantãoNews constatou que há muita areia, pedrisco, pedras, lixo e buracos na avenida Fernando Corrêa. As entradas das galerias de águas pluviais estão obstruídas por pedras e madeiras (deixadas ainda pela execução da obra) e ferragens das velhas tampas. No interior da galeria, a reportagem constatou bancos de areia e até uma sombrinha. Em frente ao antigo supermercado Comper uma passagem elevada de pedestres forma uma barreira impedindo que a água escoe até o Córrego do Barbado. E margeando o córrego, um “acesso” no meio fio para dar vazão a água, está obstruído por madeiras deixas pela construção. Problemas visuais e de solução rápida que poderia ser tomada pela prefeitura e pela Defesa Civil caso se preocupassem em solucionar a questão.
O moto-taxista Ildenor Marinheiro dos Santos, que trabalha há anos no local, diz que a prefeitura deixa de fazer sua parte. “A responsabilidade é da prefeitura. Corre muito cascalho e areia, mas a prefeitura não vem limpar” – diz ele, lembrando que recentemente choveu e a prefeitura não veio fazer a limpeza da avenida: “Depois que secou, ficamos uma semana com muita poeira aqui” – manda o recado. Ildenor afirma que com lixo e terra não passa água nenhuma pelas galeria e concorda que se a prefeitura executasse a limpeza, “resolveria uns 70 por cento”.
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O PlantãoNews está buscando junto a Secretaria de Obras do Município, a Defesa Civil, a Secretaria de Cidades do governo do Estado (que absorveu as obras da Copa do Mundo) e o Ministério Público Federal (por se tratar de obra com recursos federais) informações sobre o problema.
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