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Os servidores da Creche Municipal Lucila Ferreira Fortes, localizada no bairro Areão, em Cuiabá, participaram do projeto Roda de Conversa com o vereador Sargento Joelson (PSC) e usaram a oportunidade para debater sobre condições de trabalho, valorização dos profissionais e também sobre o projeto Hora Estendida.
“Nós estamos aqui para estabelecer um canal de comunicação com os servidores das creches, para uma conversa aberta e democrática. Esse é o propósito da Roda de Conversa, ouvir vocês e contribuir para o fortalecimento da categoria”, justificou o vereador ao abrir o debate.
Dentre os pontos destacados pela direção da creche, pelos Técnicos de Desenvolvimento Infantil (TDIs) e demais servidores, esteve a questão da estrutura física do local. O cômodos acomodam até 30 crianças e não possuem aparelho de ar-condicionado, apenas ventiladores de teto.
Outra questão apontada foi em relação ao piso da creche. Há pequenos buracos em vários pontos e que podem colocam em risco as crianças.
A qualidade da merenda escolar também foi abordada. Segundo os servidores, tem dias que há apenas leite batido com bolacha, o que não representa uma refeição saudável para as crianças, segundo eles. Uma TDI chegou a dizer que às vezes tem que dividir uma pera em quatro pedaços para servir aos pequenos.
Hora Estendida
O projeto Hora Estendida lançado que está em fase experimental em Cuiabá, idealizado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), continua sendo motivo de grande preocupação por parte dos TDIs.
O assunto voltou à pauta na Roda de Conversa promovida pelo SargentoJoelson na Creche Municipal Lucila Ferreira Fortes, onde os técnicos falaram com bastante propriedade sobre as consequências que podem gerar à criança por ficar durante muito tempo longe dos pais.
A TDI Jaqueline Lei foi enfática ao observar que a Hora Estendida transfere toda a responsabilidade dos pais para as crianças.
“A gente percebe que falta há de carinho e atenção, até mesmo o cuidado necessário do pai levar no médico seu filho. Inclusive no dia de folga os pais deixam os filhos na creche. A gente é obrigado a receber a criança porque isso é um direito dela, mas e onde está o direito da criança de conviver com os pais”, questionou.
Os técnicos observaram a importância do vínculo afetivo dos pais com os filhos e, na falta dele, a criança pode ter seu desenvolvimento prejudicado. “É da convivência que nasce o amor. Uma criança que passa 13 horas longe dos pais, que vai em casa apenas para dormi, é uma forte candidata a, no futuro, deixar seus pais em um asilo”, alertou outra técnica.
O Sargento Joelson, acompanhado de sua equipe, anotou todas as demandas e informou que deve sugerir a realização de uma audiência pública para ampliar o debate sobre o projeto Hora Estendida sempre com foco no bem-estar das crianças.
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