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Segunda, 17 de julho de 2017, 18h31

Após desocupação de moradores de rua, prosseguem demolições na Ilha da Banana


Por: Rafaella Zanol
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Redação

Faltam apenas seis imóveis para concluir as demolições na Ilha da Banana, local como é conhecida a região do Largo do Rosário, ao lado do Morro da Luz, área central de Cuiabá. Já foram demolidos sete imóveis, dos 15 imóveis existentes. Os demais dependem de liberação judicial. Os trabalhos na área, popularmente conhecida como Ilha da Banana, já atingiram 75% e foram realizados dentro do prazo de 30 dias, previsto inicialmente pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT).

Os últimos 15 moradores em situação de rua que ainda viviam em um dos casarões edificados no complexo foram transferidos pela Prefeitura de Cuiabá, neste fim de semana, para uma residência também na área central. O lugar, que funcionará como uma espécie de albergue, foi cedido pelo Abrigo Bom Jesus.

Segundo o secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos, o processo de demolição dos imóveis e retirada das pessoas ocorreu sem nenhum incidente ou qualquer ação coercitiva, como determinou a Justiça, em junho, no início das atividades no Largo do Rosário. “Nesse fim de semana houve a desocupação total da área pela população de rua, agora estamos trabalhando a questão judicial para concluirmos a retirada de todos os imóveis do local”, ressaltou o titular da pasta.

O presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas de Cuiabá, Alonso Alcântara, explicou que no decorrer de um mês 58 pessoas em situação de rua, encontradas no Largo do Rosário, acabaram aceitando ajuda e hoje estão instaladas em uma das nove unidades ligadas à federação. Outra nove receberam passagem para voltar ao lugar de origem. “Na verdade, a maior parte dessas pessoas não vivia na Ilha da Banana, apenas usava o local para o consumo de drogas, para se esconder após os furtos e, ainda, passar a noite. Muitas delas são da região do Porto e do Centro de Cuiabá”, informou.

Todo trabalho de retirada da população contou com acompanhado das equipes de assistência social da Prefeitura de Cuiabá.

Demolições

No total, foram demolidos até o momento 11 imóveis do Largo do Rosário, e outros seis estão com impedimentos judiciais. Quatro desses seis tiveram decisões emitidas no decorrer do processo de demolição, após recursos dos proprietários. Para ter a posse dos imóveis, o Governo do Estado pagou R$ 6,35 milhões a moradores.

Segundo o secretário-adjunto de Obras Públicas da Secid, Ernesto Negretti, as remoções pendentes serão realizadas à medida que forem emitidas as autorizações judiciais. “Trabalhamos cerca de 20 dias ininterruptos e tudo que tínhamos permissão foi retirado. Agora, a empresa está aguardando a liberação da Justiça para concluir o serviço”, disse ele.

O serviço de demolição das edificações no Largo do Rosário está a cargo da empresa cuiabana Material Forte Incorporadora Ldta, vencedora do pregão eletrônico de registro de preços realizado pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges-MT), em março deste ano. Já as atividades de retirada dos entulhos estão sob responsabilidade da empresa Ecoambiental, que proporciona a destinação correta aos resíduos sólidos. “Devido ao volume de trânsito nas ruas que cortam a Ilha da Banana durante o dia, a Ecoambiental trabalhou à noite para nos atender e dar agilidade às demolições”, complementou Negretti.

Paralelamente à remoção dos imóveis, o secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos, iniciou as discussões em torno do projeto de revitalização do local, chamando a sociedade cuiabana a participar do tema. A proposta que vem sendo debatida contempla a urbanização de cerca de 10 mil metros quadrados no entorno da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

A área ganhará uma praça com monumentos e espaços alusivos à história de Cuiabá. “O Largo do Rosário é o marco zero da cidade mais antiga do Centro-Oeste brasileiro. E não podemos perder essa oportunidade extraordinária de dar um presente a Cuiabá. É uma área enorme, com a localização mais privilegiada da cidade e nós temos a obrigação de construir um projeto diferenciado para a Capital”, enfatizou o secretário, que já realizou duas reuniões para tratar sobre o assunto. A obra deve ter início em 2018. 

Com assessoria




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