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Segunda, 27 de novembro de 2017, 18h32

Índice de infestação do Aedes aegypt é reduzido na Capital


Foto: Luiz Alves
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O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chicungunya e febre amarela foi reduzido neste ano na Capital, apontou o Comitê de Ação Preventiva contra o mosquito Aedes aegypti, responsável por coordenar as ações de combate ao vetor no município. O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) mostrou que se comparando a 2016, quando o índice de Infestação Predial (IIP) mediu 6.7, 2017 teve uma amostra de IIP 6.4, redução de 1.8 da infestação predial.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde do Município, Benedito Oscar Fernandes de Campos, apesar de ser considerada ainda uma situação de alerta, os Índices de Infestação Predial (IIP) na capital demonstram uma tendência de queda e a redução é fruto de um grande trabalho de combate e conscientização realizado pela equipe do Comitê, órgãos competentes junto às comunidades.

“O resultado é uma concretização de esforços e parcerias de todos envolvidos nesta importante luta de combate, dessa que hoje é uma das principais preocupações na área da saúde. Com esse balanço podemos constatar que estamos no caminho certo e para o próximo ano, vamos continuar trabalhando neste modelo e com certeza fechar mais um ano positivo”, avaliou Benedito.

Entre as ações que ajudaram o município alcançar o resultado positivo, está a instalação de armadilhas para captura de ovos do mosquito pelos bairros com altos índices de infestação: as ovitrampas. As instalações foram feitas em bairros como Tijucal, Pedra 90, Lixeira, e outros. As ações foram realizadas durante duas semanas, com colocação e retirada das armadilhas, nessas áreas.

Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandra Carvalho, a técnica auxilia a evitar a proliferação do mosquito. Ela explica que a armadilha simula o ambiente ideal para a procriação do Aedes aegypti e que o método consiste na vistoria dos domicílios pelo agente de saúde para a procura de possíveis criadouros, coleta e posterior identificação das larvas do mosquito, ajudando nas pesquisas e no desenvolvimento de técnicas de combate ao mosquito.

“As informações coletas, associadas às variáveis ambientais das localidades, podem ajudar na identificação precoce de aumentos significativos da população do Aedes aegypti, evitando situações como as epidemias. Esse sistema pode ajudar as autoridades a detectarem momentos críticos, orientando ações de controle para prevenir surtos da doença. O método, além de mais sensível, pode custar para o município duas vezes menos se comparados aos gastos da pesquisa de larvas empregadas em outros programas de controle”, observou Alessandra.

Ainda segundo Alexandra, os resultados não são ainda melhores, pela dificuldade que a equipe encontra durante as ações para adentrar os locais, visto que em nível municipal, as ações não possuem instrumentos legais que amparem o desenvolvimento destas. Apontada essa situação, o Comitê esta em fase de estudos, desenvolvendo uma proposta de lei, junto a Procuradoria Geral do Município (PGM).

“Hoje, as únicas ferramentas que temos, são é em nível federal, portarias ministeriais, entre outras. Essas são limitadas, pois nos garantem acesso aos imóveis somente em período de epidemias. Ou seja, decreto estado de epidemia, busco a minha jurisdição, aprovado isso, a equipe consegue acesso aos locais críticos. Então, com a aprovação desses novos instrumentos, conseguiremos mais ações de combates e consequentes melhoras no nível de infestação predial na Capital, “ reiterou a coordenadora.

O Comitê foi instituído no inicio deste ano pelo prefeito Emanuel Pinheiro, com objetivo de intensificar as ações dentro da Capital, alcançando um número maior de comunidades. Alessandra frisou que além das ações pelos bairros de Cuiabá, o Comitê também está provendo trabalhos junto aos servidores das Secretarias, através do projeto “10 Minutos”, que desenvolve, com palestras, orientações, os bons hábitos no dia a dia deles no período de trabalho.

“Para obtermos resultados positivos dentro das comunidades, primeiro temos que ser exemplos. Nossa equipe percebeu essa deficiência dentro das nossas Secretarias e começamos trabalhar de maneira dinâmica e na prática com servidores para que esses sejam os nossos multiplicadores”, observou Carvalho, que destacou a parceria entre as Secretarias como base para o sucesso das ações.

Participam do Comitê atualmente as Secretarias municipais de Saúde, Educação, Governo, Assistência e Desenvolvimento Humano, Serviços Urbanos, Ordem Pública, Meio Ambiente, Comunicação e Procuradoria.

Estavam presente também na reunião de balanço, secrtário de Governo, Carlos Robeerto da Costa; e o procurador-geral do Município, Ricardo Dias de Barros.

As comunidades que tiverem interesse em receber as palestras educativas, podem solicitá-las pelo número 3617-1680 ou pelo e-mail ccz.saude@cuiaba.mt.gov.br




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