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Cuiabá&VG
Terça, 10 de agosto de 2010, 12h29
Vontade

Com mais da metade dos leitos ociosos, hospital da PM poderá atender o SUS


O presidente da Comissão Parlamentar  de Inquérito (CPI) da Saúde, da Assembleia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo sugeriu a transferência de parte do atendimento de pacientes do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) para a Associação Beneficente de Saúde dos Militares do Estado de Mato Grosso (ABSM-MT), antiga Policlínica da PM. O prédio é no Centro da Capital.

Sérgio Ricardo fez a sugestão durante visita da CPI às dependências da ABSM-MT ontem quando a Comissão verificou que há ociosidade de cerca de 60% de leitos e dos serviços daquela unidade hospitalar. Para o parlamentar, a Prefeitura e o Estado podem apoiar a medida e com ela diminuir o excesso de pacientes que aguardam exames, cirurgias e recuperação no superlotado Pronto Socorro de Cuiabá.

A CPI foi recebida pelo atual interventor do hospital, coronel Vitor Hugo Metello, e constatou que a ABSM-MT atende a seis mil titulares e dependentes de Policiais Militares e Bombeiros, além de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde.

Os serviços são nas áreas de cirurgia de médio porte, cirurgia plástica, fisioterapia, exames de ultrassonografia e Raio X, além de acupuntura, eletroacumputura, clínica de dor, laboratório de análises clínicas. No local existem 20 leitos de clínica médica e serviços complementares. E, embora haja um contrato em vigor entre a Prefeitura e a unidade que prevê a contratação de serviços em até R$ 100 mil por mês, esta não atinge a média de 5 mil mensais.

Sérgio Ricardo reiterou a necessidade da Prefeitura de Cuiabá encaminhar para o Hospital Militar os pacientes de acidentes de trânsito, principalmente os motociclistas que respondem por grande parcela das pessoas que se encontram no aguardo de procedimentos no Pronto Socorro de Cuiabá.

O deputado lembra que eles aguardam pelos serviços de saúde em um ambiente de péssimas condições, apesar da recente inauguração de uma nova ala no nível térreo do prédio.

“A CPI quer auxiliar na correção das deficiências no sistema de saúde, aproveitando unidades onde o atendimento funciona e que tem condições de suprir a carência de infraestrutura hospitalar instalada no município".

Os exames e cirurgias de baixa e média complexidade, como no caso da ortopedia, podem tranquilamente ser realizados no Hospital Militar diminuindo o sofrimento das pessoas que ficam mais de um mês internadas no Pronto Socorro, em condições lastimáveis. Além de permitir a plena recuperação financeira e estrutura de serviços que já atende os militares desde 1947.

O deputado afirmou que, a CPI já preparou um relatório contendo o histórico do hospital militar com dados técnicos que justificam a sua proposta. No documento, a CPI pretende fazer um comparativo dos serviços prestados pela prefeitura de Cuiabá aos usuários do SUS com os que foram contratados pelo Hospital Militar.

A CPI quer mostrar ainda, a estatística da ABSM-MT contendo informações sobre o funcionamento dos serviços como quantidade de internações, leitos de enfermarias disponíveis, apartamentos, leitos semi-intensivos e de UTI, leitos ocupados, procedência do número de leitos ocupados, cirurgias efetuadas e quantidade de exames laboratoriais.

No documento também consta a gestão financeira, contábil e o custo total do Hospital Militar entre 2008 e 2010; o quadro clínico e o inventário patrimonial do hospital. Também são dados que serão encaminhados para avaliação da Prefeitura de Cuiabá e do Estado, e que poderão contribuir para a solução do problema com a complementação da Tabela do SUS, considerada insuficiente para cobrir os custos dos procedimentos médicos hospitalares.




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