Vendaval derruba torres em Campo Grande e fere 6 pessoas no Paraná

Si­tua­ção ­mais gra­ve foi re­gis­tra­da em Cam­po Mou­rão, on­de o gra­ni­zo per­fu­rou te­lhas de 2,3 mil ca­sas

A forte chuva que caiu na manhã deste domingo (26/09) em Campo Grande (MS), com ventos de até 100 km/h, derrubou nove torres de transmissão de energia, das quatro linhas de transmissão Campo Grande/Mimoso, de 138 kV, a cerca de 20 km de Campo Grande, paralelo a Rodovia BR 262.

A queda das torres ocorreu às 08h52. O fornecimento de energia para região de Campo Grande não foi afetado, sendo assumido por outras linhas de transmissão que atendem o estado, entre elas, a Linha Porto Primavera de 230kV.

Segundo a Eletrosul a emergência esta sendo atendida por equipes de Campo Grande e Dourados, sendo que foram mobilizadas mais de 80 pessoas para o atendimento, a fim de restabelecer o sistema no menor tempo possível.

Já no Paraná, o tem­po­ral atin­giu vá­rios mu­ni­cí­pios do Es­ta­do na noi­te de sá­ba­do, começando por Cam­po Mou­rão (Cen­tro-Oes­te), dei­xan­do cen­te­nas de ca­sas e es­ta­be­le­ci­men­tos co­mer­ciais da­ni­fi­ca­dos. ­Além do ven­to, a po­pu­la­ção foi ví­ti­ma de uma in­ten­sa chu­va de gra­ni­zo, por vol­ta das 21 ho­ras, que du­rou cin­co mi­nu­tos e cau­sou a per­fu­ra­ção das co­ber­tu­ras de mui­tos imó­veis. To­do o pe­rí­me­tro ur­ba­no do mu­ni­cí­pio foi atin­gi­do.

De­fe­sa Ci­vil e Cor­po de Bom­bei­ros ten­tam fa­zer um le­van­ta­men­to do nú­me­ro de ví­ti­mas. No fi­nal da tar­de de on­tem, a cor­po­ra­ção ti­nha já ti­nha dis­tri­buí­do ­mais de 2,3 mil lo­nas pa­ra pro­te­ção dos mó­veis e ob­je­tos pes­soais. O te­nen­te do Cor­po de Bom­bei­ros Lean­dro Jo­sé Ca­le­ga­ri res­sal­tou que as lo­nas ce­di­das são ape­nas pa­ra co­ber­tu­ra de mó­veis. ‘‘Os mo­ra­do­res não de­vem ten­tar con­ser­tar os te­lha­dos com chu­va, por­que o ris­co de aci­den­tes é ­grande’’, orien­tou.

Pe­lo me­nos ­seis pes­soas fi­ca­ram fe­ri­das em vir­tu­de de que­das de te­lha­dos. Uma das ví­ti­mas, uma mu­lher de 21 ­anos, so­freu le­sões gra­ves na co­lu­na. ‘‘O ­ideal é es­pe­rar a chu­va pa­rar e pro­cu­rar pro­fis­sio­nais es­pe­cia­li­za­dos pa­ra fa­zer o ­conserto’’, acres­cen­tou.

A gran­de maio­ria das co­ber­tu­ras per­fu­ra­das era de fi­brioa­mian­to (ti­po ‘‘­Eternit’’), que não re­sis­tiu à in­ten­si­da­de do gra­ni­zo. ‘‘Pra­ti­ca­men­te to­das as ca­sas da ci­da­de que ti­nham te­lhas de amian­to fi­ca­ram ­descobertas’’, in­for­mou o sol­da­do Cos­ta, tam­bém do Cor­po de Bom­bei­ros. Não hou­ve des­te­lha­men­tos.

O te­nen­te in­for­mou que há re­gis­tro de pes­soas de­sa­lo­ja­das e hos­pe­da­das na ca­sa de vi­zi­nhos, ami­gos ou pa­ren­tes. ‘‘Ain­da não há de­sa­bri­ga­dos, sem lu­gar pa­ra ­ficar’’, dis­se. O Cor­po de Bom­bei­ros fez em­prés­ti­mos de col­chões pa­ra as fa­mí­lias que ti­ve­ram ca­mas mui­to da­ni­fi­ca­das e não ti­nham a ­quem re­cor­rer.

Ain­da de acor­do com Ca­le­ga­ri, no pe­río­do de se­tem­bro a de­zem­bro Cam­po Mou­rão fi­ca sus­ce­tí­vel a ven­da­vais e chu­vas de gra­ni­zo. ‘‘Mas não são co­muns tem­pes­ta­des com es­sa ­intensidade’’, ava­liou.

Em ou­tros mu­ni­cí­pios da re­gião o tem­po­ral não foi tão for­te. A De­fe­sa Ci­vil de Cam­po Mou­rão ini­ciou uma cam­pa­nha de doa­ção de lo­nas pa­ra po­der aten­der a to­dos e as ca­sas de ma­te­rial de cons­tru­ção per­ma­ne­ce­ram aber­tas du­ran­te par­te do do­min­go.