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Cuiabá&VG
Quinta, 30 de dezembro de 2010, 15h11
Infra-estrutura

Agecopa: 2011 será o ano das obras de mobilidade urbana


Cuiabá e Várzea Grande começam a receber em 2011 um conjunto de obras e melhorias sem precedentes em quase 300 anos de história. Elas vão transformar a região metropolitana num aglomerado urbano organizado, com infra-estrutura viária e de transporte coletivo adequadas às novas necessidades de uma população sempre crescente.

A afirmativa é do diretor de Planejamento e Gestão da Agecopa, Yênes Magalhães, que desde outubro exerce também a função de presidente da agência estadual responsável pelos preparativos para a Copa de 2014.

“Em 2010 nos dedicamos à elaboração dos projetos das obras físicas, ao planejamento das principais ações previstas nos 28 projetos setoriais, à captação de recursos, ao planejamento estratégico, à inclusão no PPA e nos orçamentos. Também viabilizamos financiamentos e investimentos do governo federal, do Estado e dos municípios, para agora em 2011 licitar e iniciar as obras”, explicou Yênes.

Ele ressaltou que Cuiabá vem cumprindo todos os prazos do Comitê Organizador Local (COL) da Copa no Brasil, não só na construção da Arena mas também em relação ao Plano de Mobilidade e os projetos básicos das obras, aos projetos para a segurança, para os FanFests, o programa de Voluntariado, os Centros Oficiais de Treinamento e outros itens prioritários para todas as sedes do Mundial.

Esta dedicação ao planejamento em 2010 foi necessária diante da inexistência de projetos nas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande e mesmo no governo do Estado. Só o Plano de Mobilidade Urbana exigiu oito meses de pesquisas, levantamento de informações e definição dos projetos básicos e arquitetônicos, realizados por uma grande equipe de arquitetos, engenheiros e outros profissionais especializados.

“Fechamos 2010 cumprindo todos os prazos, trabalhando com planejamento estratégico, com absoluto respeito à legislação e aos aspectos ambientais, sob acompanhamento de diversos órgãos de controle interno e externo, estaduais e federais”, disse Yênes.

O ex-secretário de Planejamento que também comandou a SEMA, SMTU e tem Especialização em Engenharia de Trânsito e Transportes, prevê o início das obras de mobilidade em março ou abril, dependendo do andamento das licitações que devem ser disputadas por muitas empresas. Os investimentos permitirão a Cuiabá avançar em quatro anos o que demoraria pelo menos 20. A menor das cidades-sedes da Copa de 2014 será uma das que mais sentirá os efeitos positivos do Mundial.

“A população será beneficiada com um sistema eficiente de transporte coletivo, com a solução dos principais problemas do trânsito, com os investimentos em saneamento, na saúde, na segurança e qualificação profissional, no turismo, no esporte, em novas áreas de lazer, entre tantos outros legados. Por isso esperamos poder contar com a compreensão de toda a comunidade para os transtornos que as obras naturalmente trarão”, alertou Yênes, destacando que o legado justifica a superação de todas as dificuldades.

Resultados concretos

Em conseqüência do trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado através da Agecopa em 2010, já estão assegurados investimentos de aproximadamente R$ 1,1 bilhão em obras, que vão da construção da nova Arena Pantanal à mobilidade urbana e turismo.

Em setembro Cuiabá foi uma das três primeiras sedes da Copa a receber aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para os financiamentos, assegurando R$ 393 milhões para a “Arena Pantanal – Estádio Governador José Fragelli” e urbanização do entorno do estádio.

O contrato de financiamento mediante abertura de crédito nº 10.2.1596.1 BNDES-Arenas foi assinado no dia 24/11 pelo governador Silval Barbosa e pelo presidente do banco estatal, Luciano Coutinho. Ele prevê R$ 285 milhões para o novo estádio e R$ 107 milhões para o entorno da Arena, num valor total de R$ 392.952.860,00.

Ainda em setembro o governo assinou contrato de financiamento e repasse de recursos com a Caixa Econômica Federal (CEF) para obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande. Foram, ao todo, três convênios que garantem um aporte de R$ 454 milhões, acrescidos da contrapartida estadual de R$ 34 milhões, totalizando R$ 488 milhões.

Os recursos permitirão a implantação de obras estruturantes como o corredor de transporte (sistema BRT – Bus Rapid Transit) ligando o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ao terminal de Integração do CPA.

O outro ramal do BRT, ligando o Coxipó ao centro de Cuiabá, receberá R$ 132 milhões, sendo que R$ 116 milhões financiados pela CEF e R$ 16 milhões na contrapartida do Governo do Estado. O financiamento inclui ainda a duplicação da Rodovia e Ponte da Mário Andreazza, no valor de R$ 32 milhões.

DNIT

Yênes Magalhães prevê para o ínicio de 2011 a assinatura do convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), que se comprometeu com as obras situadas em área de influência federal – avenidas Fernando Correa, Miguel Sutil, Dom Orlando Chaves e da FEB, prolongamentos das rodovias federais BR 364, 163 e 070.

“No início de 2010 o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assegurou ao então governador Blairo Maggi que se os projetos fossem apresentados até março, o governo federal custearia as grandes intervenções. Com o apoio das entidades do agronegócio, que doaram os projetos à Agecopa, entregamos dentro do prazo. Agora aguardamos a posse do ministro, já confirmado para reassumir o cargo, para retomar os contatos. O trabalho do senador Blairo Maggi será fundamental para ajudar o governador Silval Barbosa a reafirmar ao ministro e presidente nacional do PR a necessidade da participação do DNIT nestas obras”, justificou Yênes Magalhães.

Durante recente visita a Mato Grosso no mês passado, o atual ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos disse que autorizou o DNIT a preparar um termo de cooperação com o governo do Estado para dar encaminhamento ao processo das obras.




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