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Quinta, 17 de fevereiro de 2011, 13h58

Mestranda da UFMT estuda comunidades de formigas da Amazônia meridional


A aluna do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Daniela da Silva Monteiro, fará a defesa pública da dissertação de mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade no dia 21 de fevereiro, às 14h30, no auditório da Faculdade de Medicina (FM). Orientada pelo professor doutor Thiago Junqueira Izzo, a mestranda defenderá a dissertação “Efeito da complexidade ambiental sobre a compartimentalização de comunidades de formigas (FORMICIDAE: HYMENOPTERA) em dois estratos verticais na Amazônia meridional”.

A banca será composta pelos professores doutores Heraldo Luis de Vasconcelos, Christine Strüssmann, Roberto de Moraes Lima Silveira (suplente) e Thiago Junqueira Izzo (orientador).

Resumo - Entre os objetivos centrais de ecologia de comunidades está o entendimento da distribuição das espécies nos sistemas e dos fatores que mantêm essa distribuição, inclusive em diferentes escalas espaço-temporais. Esses entendimentos podem gerar instrumentos importantes para a biologia da conservação, especialmente no cenário atual de relevantes perdas da biodiversidade. A fauna de formigas representa grupo muito diverso nos ambientes naturais e é um sistema importante em estudos de diversidade. Apesar de se reconhecer a ampla distribuição das formigas nos estratos verticais, pouco se sabe dos padrões estruturais das comunidades.

Diante disso, o objetivo da mestranda foi investigar se as comunidades de formigas são compartimentalizadas em dois estratos verticais em florestas manejadas na Amazônia meridional e se essa estrutura é influenciada pela complexidade ambiental; analisar se a composição das comunidades em cada estrato e a riqueza de espécies são determinadas pela complexidade e se as comunidades dos estratos são correlacionadas. Este estudo está inserido no Programa de Pesquisa em Biodiversidade, e foram amostradas 24 parcelas de 250m de extensão, distantes 1km entre si, em três áreas, no município de Cláudia (MT), seguindo o método RAPELD, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010.

Foram usadas diferentes metodologias para coleta de formigas: armadilhas tipo pitfall para formigas de solo (dez em cada parcela) e método similar ao “guarda-chuva” entomológico para as da vegetação em quatro pontos ao redor dos pitfalls. Em cada ponto de coleta de formigas foram medidas variáveis de complexidade ambiental do solo (profundidade da serapilheira) e da vegetação (número de toques de arvoretas em uma haste de 2 metros, posicionada a um metro do solo).

Ao todo foram registradas 257 espécies de formigas, distribuídas em 48 gêneros e 11 subfamílias. Na vegetação foram identificadas sete subfamílias e na serapilheira do solo, 11, sendo observada uma substituição na composição das subfamílias nos estratos. A riqueza absoluta e relativa foi maior no solo, porém, essa diferença na riqueza relativa não variou em função da complexidade. A composição de espécies entre estratos diferiu amplamente, mas a complexidade não foi determinante na similaridade de espécies entre eles. As comunidades de formigas não co-variam, porém, ambas têm a composição estruturada pela complexidade da vegetação. Os dois estratos, embora distantes apenas um metro, apresentam comunidades totalmente independentes, que respondem a fatores ecológicos diferentes, fato este que contribui como informação ecológica relevante para outros grupos, o que é fundamental para as políticas de conservação e preservação, especialmente na Amazônia meridional.




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