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Economia
Sexta, 05 de maio de 2017, 22h38

Governo avança em negociação para ampliação de fornecimento de gás


Buscando atender às necessidades de gás para Mato Grosso, o governador Pedro Taques defendeu um aumento no volume de gás diário enviado para o estado. Para ele, é necessário um contrato com volume seguro para o funcionamento da termelétrica, e fornecimento do Gás Nacional Veicular (GNV) para o funcionamento de indústrias e grandes empreendimentos mato-grossenses. A comitiva brasileira foi recebida pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, em Santa Cruz de la Sierra, nesta sexta-feira (05.05).

Na ocasião, o governador Pedro Taques e o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, assinaram memorando de entendimento para estreitar as relações comerciais, sobretudo para a importação de gás natural e ureia produzida no país vizinho. O ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Sánchez, assinou o memorando como representante do Governo boliviano.

Taques defendeu um contrato sem interrupção entre a estatal boliviana YPFB e o MT Gás para a importação de 4 milhões de metros cúbicos por dia. Atualmente, não há um contrato firme que determina o volume a ser importado por Mato Grosso. Segundo o governador, do total, 2,2 milhões de metros cúbicos atenderiam a usina termelétrica e o restante seria para atender o abastecimento de veículos, indústrias e o mercado local.

"Um primeiro ponto que precisamos é um contrato firme. Também temos que ter um volume suficiente para atender a termelétrica de Cuiabá, para que ela possa realizar suas atividades", defendeu o governador de Mato Grosso.

Em seguida, ele manifestou a possibilidade de uma parceria entre o MT Gás e a estatal boliviana YPFB, sendo sócias na distribuição do gás natural em Mato Grosso. "Isso pode ajudar que possamos fazer em nosso estado a distribuição, temos o interesse nisso", disse.

Os dois governadores brasileiros lembraram que a Petrobras, maior exportadora do gás boliviano, deve comprar menos gás a partir de 2019, por conta da nova estratégia da empresa. Com isso, parte do volume que hoje é comprada pela empresa ficaria disponível para novas negociações, justamente estes volumes que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul buscam conseguir para garantir o abastecimento de seus mercados.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, avaliou positivamente a proposta do governador Taques para se associar a Mato Grosso. Ele ainda destacou os investimentos realizados pelo Governo boliviano, que fez a produção de gás dobrar, tendo o Brasil como o maior parceiro comercial do gás que excede.

Evo Morales lembrou ainda que a Bolívia faz divisa com diversos estados brasileiros e busca uma integração ainda maior com o país, em especial com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ressaltou a necessidade de iniciar o acordo logo, porque é algo que só começa a ser concretizado alguns anos depois.

Já o ministro de Hidrocarburos, Luis Sánchez, ressaltou que a Petrobras tem preferência na aquisição do excedente do gás nacional boliviano. Então, precisa ter certeza do volume que a empresa brasileira deve comprar para poder fazer a comercialização do restante.

O deputado federal Fábio Garcia pediu que essa negociação seja feita brevemente. Para ele, é necessário colocar a Petrobras e o Governo para negociar aquilo que a empresa não vai precisar. "Todos nós sabemos que essas negociações demoram e Mato Grosso tem urgência nisso", completou.

Para dar seguimento no memorando assinado, foi montado um grupo de trabalho, em que o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, representará Mato Grosso. A próxima reunião será no dia 22 de junho deste ano, em Florianópolis (SC).

 




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