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Economia
Terça, 19 de junho de 2018, 16h52

Mentalidade global é desafio para profissionais brasileiros, avalia neuropsicóloga


Os avanços tecnológicos ocorrem num piscar de olhos e o futuro, em ritmo acelerado, passa a exigir cada vez mais que as empresas estejam aptas a acompanhar as mais diversas transformações – o que pode tirar o sono de muitas lideranças mundo afora. Tal missão requer um aprendizado constante, bem como a adoção de uma mentalidade global ("global mindset", em inglês) – necessária para o reconhecimento e exploração de oportunidades nos mais variados ambientes.

 

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Conforme explica a neuropsicóloga e mestre em administração, a professora associada da Fundação Dom Cabral (FDC) Cláudia Rososchansky, a mentalidade global é a noção de que as pessoas afetam o mundo na medida em que também são afetadas por ele. "Para ser um cidadão global, é preciso ser capaz de olhar e viver o que acontece ao seu redor. Isto, ao mesmo tempo em que se conecta com o que acontece com o Trump, com o Putin ou com a Síria", ressalta.

 

Cláudia complementa que o desenvolvimento da mentalidade global é uma competência essencial para a formação do líder do futuro tendo em vista que o mercado está em constante transformação. Ou seja, este novo cenário irá requisitar uma atuação de excelência perante as mais diversas condições culturais, políticas, legais e institucionais.

 

"A percepção global pode auxiliar na questão de liderança, preparo e empatia – importantes competências para os profissionais em nível mundial. O Brasil, por ser um país distante dos polos, é uma nação que não se abriu efetivamente para o mundo. É importantíssimo que os profissionais continuem se especializando e se capacitando, já que máquinas ocuparão funções operacionais no futuro", destaca.

 

A neuropsicóloga pondera que, em breve, será necessário ser capaz de pensar e responder a questões ainda mais complexas. "É preciso desenvolver um pensamento crítico e é fundamental considerar a importância da transdisciplinaridade – a capacidade de ser multifuncional. Todos esses fatores levam o indivíduo a se posicionar aberto às demandas alheias, sem a noção de fronteiras territoriais, bem como o colocam como um cidadão do mundo", reforça.

 

DESAFIOS – Neste contexto globalizado e conectado, Cláudia comenta que a diversidade cultural poderá ser um obstáculo – já que vivemos num mundo altamente diverso em aspectos culturais. Para que o exercício da cidadania global seja pacífico e não conflitante, ela ressalta que é necessário que os profissionais busquem o autoconhecimento e a percepção de seu próprio viés cultural.

 

"Para estar aberto às diversidades culturais do mundo, eu preciso olhar para o meu viés inconsciente e me dispor a revisá-lo. A partir disso, posso criar novos hábitos, uma nova postura frente à vida e ao mundo. Olhar para o próprio viés é um forma de entrar em contato com esses aspectos que podem ser obstáculos, para estar indo além na construção de uma tribo global", esclareceu.

 

Nessa direção, a neuropsicóloga evidencia a mudança comportamental da nova geração de pais ao explicar que, num futuro próximo, a falta da fluência em mais de um idioma pode ser uma grave barreira profissional.

 

"Eu vejo em grandes capitais uma enorme busca por escolas internacionais, bilíngues – porque, de alguma forma, os pais percebem que as fronteiras estão caindo ao longo do tempo e, caso não estejam preparados, os futuros profissionais podem ficar alheios a este mercado. Há uma nova geração de pais que já prepara os filhos para o mundo", sinaliza.

 

FUNDAÇÃO DOM CABRAL – Considerada a 12ª melhor escola de negócios do mundo em 2017 pelo jornal britânico Financial Times, a Fundação Dom Cabral foi criada em Belo Horizonte em 1976 e tem como missão a educação executiva, com atividades no Brasil e no exterior. Em Mato Grosso seu associado é o Grupo Valure, consultoria em Gestão e Liderança há quase 20 anos.

 

Entre as atividades desenvolvidas pelo FDC no Estado consta o programa de especialização em Gestão de Negócios – em que Cláudia Rososchansky é professora – e o programa Parceiros para a Excelência (PAEX). Mais informações pelo site http://www.grupovalure.com.br/ ou pelo telefone (65) 3318-2600. 




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