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Economia
Quarta, 26 de dezembro de 2018, 18h59

Governo tenta se explicar sobre falha no Sisflora; Simenorte diz que há falta de respeito


Redação

O Governo de Mato Grosso, por meio das secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Fazenda, emitiu nota informando que a comunicação entre o Sisflora e o sistema do Ibama já foi reestabelecida. Os programas estão funcionando normalmente e usuários já podem emitir as guias florestais.

 

Os empresários da indústria de base florestal vão arcar com diversos custos não previstos e estão sujeitos a multas contratuais, tanto para as transportadoras quanto para clientes.


Pela manhã o Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte-MT) denunciou que a falta de emissão de documentos para o transporte de madeira em Mato Grosso completava sete dias, causando prejuízos que vão desde a arrecadação de ICMS até sanções contratuais por atraso aos empresários do segmento – além do custo de manter a carga parada. Desde quinta-feira passada (20) não se emite a Guia Florestal (GF), documento que complementa a nota fiscal e é obrigatório para o transporte da madeira. O problema está em uma falta de sincronia entre os sistemas das secretarias de Fazenda (Sefaz) e Meio Ambiente (Sema) e também do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) - afirmava o Simenorte. 

O órgão detalhava que mais de uma centena de carretas estão carregadas, dependendo apenas da emissão das guias para seguir viagem. "Apenas na região de Alta Floresta, são 50 carretas em espera desde o dia 20, com R$ 2 milhões em cargas paradas e parte dos motoristas foi embora de ônibus para passar o Natal com a família. Outros permanecem no local. O custo desses dias parados é dos empresários, bem como as sanções contratuais, advertia o vice-presidente do Sindicato, Frank Rogieri de Souza.

Na nota o governo afirmava que "para fins de publicidade e transparência, informamos que a falta de sincronia entre os sistemas teve início na última sexta-feira (21) devido a uma alteração realizada pelo Ibama para dar informações que geram o Documento de Origem Florestal (DOF). A Sema recebeu os novos endereços no sábado (22) pela manhã e desde então iniciou o trabalho remoto para atualização dos dados no Sisflora.

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Indústrias de base florestal paralisadas há sete dias por falta de guias para transporte

Em novo contato com a Superintendência de Tecnologia do Ibama, na manhã desta quarta-feira (26), as equipes de tecnologia da informação da Sema e da Sefaz se mobilizaram para solucionar o problema, publicando uma nova versão do Sisflora.

A Sema assumiu que será criada uma força-tarefa entre Sema, Sefaz e Ibama para atuar na prevenção, evitando que problemas como este não ocorram no futuro.

Reféns de sistemas mal planejados

Mas Frank Rogiere denuncia que esse tipo de problema é histórico, com esclarecimentos escassos sobre causas e previsões de solução. "Entendemos que a situação atual envolve também os órgãos ambientais, mas não podemos ficar reféns de mudanças de sistema mal planejadas. "O governo está sendo desrespeitoso com quem trabalha e arrecada impostos”, desabafa. “Sem contar a dificuldade de caixa enfrentada pelo próprio governo. É incompreensível que se permita tanto atraso na arrecadação de qualquer recurso numa situação como essa”.

A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), à qual o Simenorte é filiado, acompanhou a situação desde que foi informada sobre o problema, na sexta-feira.

O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, afirmou que a demora em normalizar a emissão das guias é muito preocupante, pois paralisa um segmento industrial inteiro. “A economia do estado sofre com isso, tanto pela falta da arrecadação quanto pelo prejuízo aos empresários da indústria de base florestal, que vão arcar com diversos custos não previstos e estão sujeitos a multas contratuais, tanto para as transportadoras quanto para clientes. Trata-se de problema recorrente e a Fiemt vai cobrar uma solução definitiva do governo”, afirma.

 




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