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Economia
Terça, 15 de janeiro de 2019, 06h11

Empresa e Sindalcool se reúnem com Mauro sobre etanolduto


O milho é o que faz crescer a produção de etanol em Mato Grosso, a ponto da indústria acreditar que o estado pode se tornar a maior região produtora do bicombustível do mundo

 

A diretoria do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), o governador Mauro Mendes e a diretoria da Logum Logística estiveram na última semana, em Cuiabá, para tratar da implantação da infraestrutura dutoviária para transporte de etanol de Mato Grosso até Paulínia (SP). O objetivo é que a empresa de logística inicie um estudo ainda este ano para a implantação.

 

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A Logum Logística, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada em 2011 e com sede no Rio de Janeiro, tem o objetivo de implantar um sistema logístico multimodal de transporte e armazenagem de etanol e de derivados de petróleo. Entre suas acionistas estão a Petrobras, Raízen Energia, Copersucar e Uniduto.

 

A Logum é a responsável pela implantação dos dutos já em operação nos estados de São Paulo e Minas Gerais e que levam etanol até Paulínia (SP) ou até Duque de Caxias (RJ). O projeto é estender o duto que já chega a Uberaba (MG) até Mato Grosso. A empresa já trabalha no projeto de expansão do duto de Uberaba até o município de Senador Canedo no estado de Goiás, uma distância de 430 km.

 

O projeto do Sindalcool-MT é que o duto se estenda de Senador Canedo até Mato Grosso. A distância de Senador Canedo até Cuiabá, por exemplo, é de 920 km. "É urgente a necessidade de resolvermos a questão logística para escoamento da produção de etanol de Mato Grosso. Não há dúvidas que Mato Grosso pode se tornar o maior produtor mundial de etanol, a única coisa que pode impedir isto de acontecer é a questão logística", aponta o presidente do Sindalcool-MT, Silvio Cezar Pereira Rangel.

 

Em até três anos, Mato Grosso chegará ao requisito necessário, estabelecido pela empresa, para a implantação de um duto para transporte do etanol, isto é, a produção de cinco bilhões de litros por ano. Por isso, a urgência em iniciar o processo para a implantação do duto, pois uma obra deste porte demanda tempo e exige uma série de estudos e permissões nas áreas ambiental e de segurança, entre outros.

 

O otimismo sobre a produção de etanol deve-se a matéria prima em abundância, com o advento do biocombustível produzido a partir do milho. Maior produtor nacional do grão, com uma produção que só cresce, o estado conta, atualmente, com 11 unidades produtoras de etanol, e mais três apenas de etanol de milho para entrar em operação até 2020.

 

A estimativa é dobrar ou triplicar a produção, que atualmente é de 1,5 bilhão de litros, em apenas três anos. "A diretoria da Logum Logística visitou algumas unidades produtoras de biocombustível em Mato Grosso e ficou fascinado com o que viu", conta Silvio.

 

De acordo com o presidente do Sindalcool, o Governo do Estado está oferecendo total apoio a implantação da estrutura dutoviária. "O governador Mauro Mendes pediu a Logum que já inicie o pré-projeto da obra, pois nossa necessidade é urgente".

 

Participaram da reunião em Cuiabá, o diretor presidente da Logum, Wagner Biasoli, o diretor comercial, Leandro Almeida, e coordenador de Desenvolvimento e Negócios, Plínio Junqueira, o governador Mauro Mendes e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Mirando Lima, o presidente do Sindalcool-MT, Silvio Cezar Pereira Rangel, o diretor executivo do Sindalcool, Jorge dos Santos, opresidente da União Nacional dos Produtores de Etanol de Milho (UNEM), Ricardo Tomczyc, e o presidente da FIEMT, Gustavo Oliveira.

 

Logum Logística

 

Está semana, foi anunciado que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Logum Logística S.A celebraram um contrato de financiamento no valor de R$ 1,81 bilhão para ampliação da infraestrutura dutoviária e de armazenamento do Sistema Logístico de Etanol. Com a operação, a Logum dará continuidade aos investimentos de implantação do Sistema Logístico de Etanol, cuja fase inicial foi apoiada pelo BNDES.

 

Os recursos serão utilizados para obras de terminais em Uberaba (MG), Ribeirão Preto (SP) e Guarulhos (SP), com a finalidade de conectar as regiões produtoras do interior de São Paulo e de Minas Gerais aos principais centros consumidores das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, através de dutos próprios e de dutos da Petrobras operados pela Transpetro.


Cerca de 353 km de dutos próprios da Logum, entre Uberaba (MG) e Paulínia (SP), e os terminais coletores e de armazenamento de etanol em Ribeirão Preto (SP) e Uberaba (MG) foram concluídos com apoio do empréstimo-ponte e já estão em operação. A partir de Paulínia, o atendimento às regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro é feito através da utilização de dutos da Petrobras operados pela Transpetro.


Matéria prima

 

O milho é o que faz crescer a produção de etanol em Mato Grosso, a ponto da indústria acreditar que o estado pode se tornar a maior região produtora do bicombustível do mundo. O impulsionador é o DDG, um subproduto extraído do grão, a partir da produção do etanol, e que é considerado uma das melhores opções de alimento para as criações de gado, suínos e aves, do qual Mato Grosso também é o maior produtor nacional.

 

DDG ou (Dried Distillers Grains) é a sigla em Inglês para Grãos Secos de Destilaria ou Grãos de Destilaria, produto que é utilizado na alimentação animal em substituição parcial do milho, apresentando resultados em qualidade e custo muito superiores ao farelo de soja. Apesar de ser um insumo relativamente novo no mercado brasileiro, o DDG está presente nos confinamentos norte-americanos há mais de 25 anos.

 

No Brasil, o DDG começou a ser produzido nas usinas flex de Mato Grosso a partir de 2013 e sua demanda aumenta cada vez mais devido a produção de carne. O estado tem um rebanho de 30 milhões de cabeças de gado, nove milhões de suínos, mais avicultura e a piscicultura crescente.




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