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Economia
Quarta, 18 de maio de 2011, 07h44

Bird: Brasil é um dos 6 emergentes que redefinirão economia global


A direção do Banco Mundial incluiu o Brasil em um grupo com mais cinco países de economias emergentes apontados como os responsáveis pela redefinição da estrutura econômica global no futuro próximo. De acordo com um relatório lançado ontem (17), em Washington, até 2025 as economias do Brasil, da China, da Índia, da Rússia, da Indonésia e da Coreia do Sul vão responder por mais da metade do crescimento global.

O relatório, denominado Global Development Horizons 2011 – Multipolarity: The New Global Economy ("Horizontes do Desenvolvimento Mundial 2011 – Multipolaridade: a Nova Economia Mundial", em tradução livre), informa que os emergentes, entre os quais o Brasil está incluído, vão crescer em média 4,7% até 2025.

“À medida que o poder econômico muda, essas economias bem-sucedidas vão ajudar a conduzir o crescimento em países de baixa renda por meio de transações comerciais e financeiras transfronteiriças”, diz o documento.

Os países avançados, apesar de continuarem a ter um peso importante na economia global, deverão crescer em média apenas 2,3% no mesmo período. “A rápida ascensão de economias emergentes conduziu uma mudança pela qual agora os centros de crescimento econômico estão distribuídos entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento”, disse o economista-chefe e vice-presidente para Economia do Desenvolvimento do banco, Justin Yifu Lin. “Estamos em um mundo realmente multipolar.”

Para se consolidar como polo de crescimento, no entanto, o Brasil precisa enfrentar desafios, como melhorar o acesso à educação. “O capital humano é uma preocupação em alguns polos potenciais de crescimento, particularmente o Brasil, a Índia e a Indonésia”, diz o relatório. “Reduzir lacunas educacionais e garantir acesso à educação é central”, afirma o Banco Mundial.

Para o Banco Mundial, as eventuais medidas adotadas no Brasil devem estimular a adaptação tecnológica doméstica, capacidade de inovação e geração de conhecimento. De acordo com o relatório, as mudanças no balanço de poder econômico e financeiro terão reflexos em setores como os mercados de investimentos, fusões e aquisições.

“As multinacionais dos mercados emergentes estão se tornando uma força na reconfiguração da indústria global, com rápida expansão dos investimentos Sul-Sul e fluxos de investimentos estrangeiros diretos”, disse Lin.“As instituições financeiras internacionais terão de se adaptar rapidamente.”

Segundo o relatório, a participação e a influência crescentes de empresas originárias de mercados emergentes nas finanças e nos investimentos globais podem levar à criação de um marco multilateral para regular os investimentos transfronteiriços.

O Banco Mundial projeta ainda que, até 2025, o sistema monetário internacional não será mais dominado por uma única moeda. “Ao longo da próxima década, o tamanho da China e a rápida globalização de suas corporações e bancos deverão significar um papel mais importante para o yuan (a moeda chinesa)”, disse o principal autor do relatório, Mansoor Dailami.

Para o economista-chefe e vice-presidente para Economia do Desenvolvimento do banco, Justin Yifu Lin, a tendência é de adoção de múltiplas moedas nas negociações multilaterais. “O mais provável é que em 2025 o panorama monetário internacional se caracterize pela presença de múltiplas moedas, com predomínio do dólar, do euro e do yuan”, afirmou.

Segundo o Banco Mundial, a maioria dos países em desenvolvimento seguirá usando moedas estrangeiras em suas transações com o resto do mundo.

ABr




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