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Economia
Domingo, 16 de outubro de 2011, 13h28

Volume importado inverte sinal e recua em setembro


O volume de importação sofreu desaceleração em setembro. O quantum de importação total no mês caiu 1,8% na comparação com setembro de 2010, enquanto no acumulado até agosto a alta era de 11,8%. A queda em setembro foi puxada pela redução de 17,1% no volume de importação de bens de capital, na mesma base de comparação. O quantum de importação de intermediários ficou praticamente estável, com acréscimo de apenas 0,4%. Os dados devem ser divulgados hoje pela Fundação Centro de Estudo do Comércio Exterior (Funcex).

"Esses dados são os mais surpreendentes, levando em conta os volumes comercializados em setembro", diz Fernando Ribeiro, economista-chefe da Funcex. Ele acredita que a importação praticamente estável de bens intermediários pode ser reflexo da desaceleração da produção industrial. Já a queda em bens de capital pode sinalizar uma freada nos investimentos. "Esses resultados refletem decisões que foram tomadas há cerca de três meses, quando já existia a preocupação com uma nova crise financeira internacional."

Ribeiro lembra, porém, que é necessário esperar os próximos meses para saber exatamente qual o impacto do cenário externo na economia doméstica. Ainda não é possível dizer se o último trimestre deve manter o mesmo ritmo de importações de setembro. "Podemos dizer que houve uma trava na importação em setembro", diz o economista. Ele lembra que a simples redução de ritmo nos desembarques de bens duráveis e bens de capital não chega a surpreender. "O que surpreende é a magnitude dessa queda."

No mês de setembro, o quantum importado de bens de consumo duráveis ainda sustentou crescimento de 5,7%. Mas, diz Ribeiro, trata-se de uma elevação muito pequena em relação ao comportamento anterior. No acumulado de janeiro a agosto, a alta no volume importado de bens de consumo duráveis era de 33%. "Isso provavelmente já é reflexo do IPI de automóveis", diz o economista, referindo-se à elevação em 30 pontos percentuais sobre a importação de veículos com índice de nacionalização ou regionalização inferior a 65%. O desembarque de bens de consumo não duráveis continuou em crescimento, com elevação do volume de importação de 27% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2010.

A queda no volume de importação explica parte da desaceleração no valor importado em setembro. No mês, os desembarques atingiram US$ 20,2 bilhões, o que representou acréscimo de 13,9% na comparação com setembro do ano passado. Apesar do crescimento, houve redução de ritmo do valor importado na ponta. No acumulado de janeiro a setembro, o valor dos desembarques cresceu 26,3%.

No lado das exportações, houve, em setembro, segundo a Funcex, crescimento de volume de 2%, o que também significa desaceleração. No acumulado, o aumento era de 3,8%.
 




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