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Pesquisa/Tecnologia
Sábado, 08 de abril de 2017, 14h35

Grandes macacos sabem quando as pessoas estão erradas


Orangotangos, chimpanzés e bonobos são os parentes mais próximos dos seres humanos no mundo dos primatas, e como nós, eles podem dizer quando uma pessoa está errada em suas convicções.

Os grandes macacos também estão dispostos a ajudar uma pessoa que está enganada sobre a localização de um objeto, de acordo com o estudo publicado na revista científica PLOS ONE.

“Este estudo mostra pela primeira vez que os grandes macacos podem usar uma compreensão de convicções erradas para ajudar os outros de forma adequada”, disse David Buttelmann, do Instituto Max Planck para Antropologia Evolutiva, na Alemanha.

Os pesquisadores usaram um teste desenvolvido para bebês humanos, de cerca de 18 meses de idade, para determinar se eles podiam entender quando uma pessoa tinha uma convicção errada, o que seria um indicador de cognição social avançada.

Um total de 34 grandes macacos – chimpanzés, bonobos e orangotangos – participaram da pesquisa, realizada no Zoológico de Leipzig, na Alemanha. No teste, uma pessoa colocava um objeto em uma de duas caixas disponíveis, enquanto um macaco olhava.

O estudo então se dividiu em duas partes. Na primeira, a pessoa que havia colocado o objeto na caixa saía do quarto, e depois um segundo indivíduo entrava e trocava o objeto de uma caixa para outra. Quando a primeira pessoa voltava, tentava abrir a caixa onde ela supostamente acreditava que o objeto estava.

Na segunda parte, a pessoa que havia colocado o objeto na caixa permanecia no quarto enquanto o segundo indivíduo trocava o objeto de caixa. Em ambos os cenários, as caixas foram trancadas e os macacos olharam a primeira pessoa tentando abrir a caixa onde o objeto havia sido colocado originalmente, que na verdade estava vazia.

Os resultados mostraram que os macacos eram mais propensos a abrir a caixa que continha o objeto quando a pessoa não havia visto a troca de lugar. Neste caso, os animais escolheram a caixa com o objeto em 76,5% das vezes. Na parte do estudo em que o pesquisador estava no quarto quando o objeto foi movido, os macacos escolheram a caixa cheia cerca de metade das vezes.

Os pesquisadores descobriram, portanto, que os grandes macacos, assim como os bebês humanos, “eram mais propensos a ajudar a pessoa a encontrar o objeto quando ela tinha uma convicção errada sobre em qual caixa este estava”, disse o estudo.

Até agora, os cientistas acreditavam que a capacidade de interpretar e compreender as intenções de um indivíduo era uma das principais características que diferenciavam os humanos das outras espécies. “Os macacos são capazes de usar esse entendimento em suas interações sociais”, concluiu o estudo. 

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