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Domingo, 25 de junho de 2017, 09h52

Crise de refugiados no Sudão do Sul é a que mais cresce no mundo


Foto: Eskinder Debebe
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O Sudão do Sul substituiu a Síria como a crise de refugiados que mais cresceu no mundo no ano passado, de acordo com o relatório “Tendências Globais”, divulgado esta semana pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Segundo o documento, a população de refugiados do Sudão do Sul teve crescimento de 64% durante a segunda metade de 2016. O número de pessoas que atravessou a fronteira em busca de segurança passou de 854,1 mil em 2015 para 1,4 milhão no fim de 2016, sendo a maior parte crianças. Outros 1,9 milhão são deslocados internos.

“Uma das maiores crise em 2016 deixou de ser a Síria — que infelizmente está entrando em seu sexto ano (de conflito) —, e passou a ser o Sudão do Sul”, disse a representante do ACNUR no Brasil, Isabel Marquez, durante evento realizado pelo Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) na capital carioca na terça-feira (20), Dia Mundial do Refugiado.

Isabel lembrou que a maior parte das populações que se deslocam do Sudão do Sul para fora do país vão para Etiópia e Uganda. “É uma situação sem precedentes”, disse. O país enfrenta uma guerra civil que já dura três anos

Foto: Cáritas-RJ
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Uganda e Etiópia estão entre os seis países que mais recebem refugiados no mundo, justamente por conta do agravamento da crise no Sudão do Sul. Os dois países receberam no ano passado 940,8 mil e 791,6 mil refugiados, respectivamente, segundo o relatório do ACNUR.

A Síria permanece, no entanto, como o país com o maior número absoluto de refugiados (5,5 milhões), seguida pelo Afeganistão (2,5 milhões) e pelo Sudão do Sul (1,4 milhão).

Apesar da grande repercussão da crise de refugiados na Europa, 84% deles estão em países de baixa e média renda. A Turquia é o país que mais recebe refugiados no mundo, com 2,9 milhões, seguida por Paquistão (1,4 milhão), Líbano (1 milhão) e Irã (979, 4 mil).

De acordo com o documento, 65,6 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar no mundo no ano passado, sendo que dois terços desse total são deslocados internos (40 milhões de pessoas), fugindo de violência, guerras e perseguições.

O número representou um aumento de 300 mil pessoas na comparação com o ano anterior. “Consideramos ser inaceitável que 65,6 milhões de pessoas sejam forçadas a se deslocar atualmente”, disse Isabel. “É o momento de pensarmos como mudar essa trajetória”.

Somando deslocados internos e externos, os sírios (12 milhões) são seguidos por colombianos (7,7 milhões, a maior parte dentro do país) e afegãos (4,7 milhões, dos quais 2,9 milhões fugiram para fora do país).

“O deslocamento forçado global continua a ser o mais alto já registrado. A diferença é que hoje temos conflitos que perduram há muitos anos, há 20 ou 30 anos”, disse Isabel. “No passado, havia guerras, mas elas terminavam com soluções duradouras. Isso deixou de existir”, completou. 




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