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Pesquisa/Tecnologia
Domingo, 16 de julho de 2017, 18h33

Em busca de vestígios, arqueólogos iniciam escavações em forte de 400 anos no Pará


Arqueólogos começaram as escavações do Forte de Santo Antônio de Gurupá, no arquipélago do Marajó, no Pará, construído em 1619, durante a ocupação holandesa na região. A fortificação foi construída sobre um rochedo na confluência do rio Xingu com o rio Amazonas e pode contribuir para os estudos sobre a história da ocupação da Amazônia e a colonização europeia na região.

De acordo com a pesquisadora Helena Lima, do Museu Paraense Emílio Goeldi, desde o século 19, o arquipélago do Marajó tem sido uma referência para o estudo dos povos amazônicos que viviam na região antes da chegada dos europeus, apresentando vestígios materiais de culturas desenvolvidas há milhares de anos.

Os estudos são desenvolvidos no âmbito do projeto "Origens, Cultura e Ambiente", uma parceria do Museu Goeldi com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que reúne cerca de 20 pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos. No Brasil, o projeto conta com a participação de especialistas da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Segundo os pesquisadores, Gurupá foi palco das principais transformações históricas da Amazônia, desde a colonização europeia até a época da borracha, e reúne mais de 50 sítios arqueológicos identificados e um número ainda maior de sítios ainda não descobertos.

Vários materiais já foram coletados, como cerâmicas, carvões e amostras de solo de diversas épocas, e levados para análise na Reserva Arqueológica do Museu Goeldi. Segundo a pesquisadora Helena Lima, apesar de recentes, os estudos já permitem algumas conclusões surpreendentes. As cerâmicas, por exemplo, apresentam traços estilísticos que mostram contatos culturais com povos do norte da América do Sul.

"Isso é muito interessante porque a arqueologia vinha falando de fluxos estilísticos no sentido leste-oeste, ao longo do rio Amazonas. Mas, ao contrário do que se imaginava [em Gurupá], a cerâmica mostra uma circulação de informações no sentido norte-sul, passando pelas Guianas e Amapá e indo até o rio Xingu, atingindo regiões como a Volta Grande", diz a pesquisadora. 




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