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A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) confirmou dados da Embrapa sobre a ocupação agrícola no território brasileiro. Com uma pequena diferença: a agência de pesquisa brasileira calculou em 2016 que a área ocupada com agricultura era de 7,8% do território nacional (65.913.738 hectares). Enquanto a Nasa, segundo números de novembro de 2017, chegou a um total 0,2% menor: 63.994.479 hectares. Os dados serão apresentados pelo ministro Blairo Maggi no Fórum Global para Alimentação e Agricultura, que ocorre em Berlim, na Alemanha de 18 a 20 de janeiro. Será durante a Semana Verde Internacional.
Blairo foi convidado para discursar na abertura do painel – Moldar o Futuro da produção animal de forma sustentável, responsável e produtiva. A intenção do ministro é rebater a falsa ideia recorrente na comunidade internacional de que os “agricultores brasileiros são desmatadores”.
O estudo da NASA demonstra que o Brasil protege e preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território. Quanto à área ocupada pela agricultura, a pesquisa demonstrou, por exemplo, que a Dinamarca cultiva percentualmente dez vezes mais do que o Brasil, 76,8% de seu território com agricultura. Na mesma linha do comparativo, a Irlanda ocupa com agricultura 74,7% de seu território; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%, e a Alemanha 56,9%.
Segundo o chefe geral da Embrapa Territorial, Evaristo Miranda, o trabalho conjunto da Nasa e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) foi baseado em monitoramento por satélites. Durante duas décadas, a Terra foi vasculhada, detalhadamente, em imagens de alta definição por pesquisadores do Global Food Security Analysis, que comprovaram os dados antecipados pela Embrapa.
O estudo brasileiro ficou a cargo do Estudo do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Embrapa Territorial. O levantamento foi concluído no final de 2016 e apresentado no início do ano passado. Conforme seus dados, dos 850.280.588 hectares que compõem o território brasileiro, 11% são de áreas de vegetação nativa em propriedades rurais, como as de reserva legal (RL) e de proteção permanente (APPs); 17% são de vegetação nativa em unidades de conservação; 13% são de vegetação nativa em terras indígenas e 20% de vegetação nativa em terras devolutas, relevos e águas interiores. O que, pela Embrapa, totaliza 61% de vegetação nativa preservada em todo o território brasileiro.
Miranda lembra ainda que o produtor rural brasileiro trabalha com base em uma das mais rigorosas e restritivas leis ambientais do mundo.
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