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Pesquisa/Tecnologia
Quinta, 11 de janeiro de 2018, 15h55

Diante do domínio do duopólio, maioria dos publishers buscará receitas diversificadas em 2018


Os publishers estão cada vez mais preocupados com a influência dos gigantes de tecnologia -- em especial Facebook e Google -- em seus negócios e admitem suas limitações para inovar, segundo relatório do Reuters Institute for the Study of Journalism lançado nesta semana. No entanto, conforme revela o estudo, a maioria dos produtores de conteúdo está empenhada no investimento em iniciativas diversificadas capazes de garantir a receita que não vem da relação com as empresas tecnológicas, como o maior foco nas assinaturas digitais e menos importância da publicidade digital, que fica quase toda (cerca de dois terços) na mão do duopólio digital.

A pesquisa, que entrevistou 200 executivos-chefe, editores e "líderes digitais" de 29 países, indica que neste ano 44% dos produtores de conteúdo estão mais preocupados com as empresas de tecnologia em relação ao ano anterior. O estudo, citado pelo site britânico Press Gazette, revela que o Facebook, assim como o Snapchat e a Apple, apresenta avaliações "negativas" entre os publishers -- Google, Twitter e Amazon, ao contrário, obtiveram avaliação positiva dos publishers.

O sentimento em relação ao Facebook em particular parece ter piorado após a percepção de que a rede social não consegue, apesar de repetidas promessas, resolver o problema da propagação de notícias falsas. Também desgastaram a imagem do Facebook a ausência da receita prometida aos publishers pela produção de vídeos e uma queda repentina nas visualizações de conteúdo jornslísticos desde a metade de 2017.

O relatório mostra uma visão clara, mas não universal, de que a publicidade se tornará menos importante ao longo do tempo (62%), com um em cada dez produtores de conteúdo dizendo que estão planejando um futuro com pouca ou nenhuma exibição de publicidade. Em contrapartida, o estudo aponta mudanças -- algumas em curso -- entre as organizações de notícias para elevar receita no mundo digital. “A mensagem subjacente é que os publishers veem agora a necessidade de diversificar fluxos de receita – e rápido”, disse o autor do estudo, Nic Newman.

Para tanto, será preciso romper com a cultura dominante no momento. O relatório do Reuters Institute for the Study of Journalism mostra que mais publishers identificam suas próprias "resistências à mudança" e "incapacidade de inovar" como o maior problema a enfrentar em 2018. Mas o levantamento indica que, em contrapartida aos temores, há dedicada atenção aos caminhos que podem levar a transformações. A maioria dos editores impressos e digitais busca múltiplos fluxos de receita, com uma média de seis opções diferentes vistas como muito ou muito importante.

A principal delas, para 40% dos entrevistados, é a melhora nos índices de assinatura online, mais importante que exibir publicidade (38%) ou conteúdo de marca e patrocinado (39%). Nessa caso, o Reuters Institute for the Study of Journalism alerta para o risco de o crescimento do modelo de paywall elevar a distância de acesso a informação entre as pessoas de maior poder aquisitivo e o restante da população.

Em busca de receitas alternativas, os "líderes digitais" entrevistados pela pesquisa (72%) disseram considerar o uso da Inteligência Artificial (AI) em suas redações, enquanto 58% afirmaram olhar para as novas oportunidades apresentadas pelos podcasts. Também ganhou mais relevância o melhor uso de dados (62%) obtidos na relação com os leitores, principalmente os assinantes.

Mais da metade dos publishers (58%) disse que o registro de usuários foi considerado muito importante, com outros 26% dizendo que isso era bastante importante. O estudo verificou que transformar o público de "anônimo" para "conhecido" é fundamental para os publishers que procuram criar um relacionamento mais profundo com o público e fornecer conteúdo personalizado e relevante, princípios do sistema de paywall.

ANJ




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