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Pesquisa/Tecnologia
Segunda, 02 de julho de 2018, 16h24

Facebook admite ter compartilhado dados de usuários com dezenas de empresas


O Facebook admitiu ter concedido a dezenas de empresas – cerca de 60 fabricantes de hardwares e softwares, incluindo chineses – acesso especial aos dados de seus usuários e de amigos deles na rede social, fato que a empresa negava anteriormente. O objetivo do compartilhamento de informações, informou a companhia de Mark Zuckerberg, era tornar a plataforma mais eficaz em aparelhos móveis. A informação é do jornal The Wall Street Journal.

Em documento enviado ao Congresso dos Estados Unidos na última sexta-feira (29/06), a rede social detalhou pela primeira vez os acordos com desenvolvedores de aplicativos, fabricantes de dispositivos e de software que contradizem as declarações públicas anteriores da rede social, em 2015, segundo as quais restringia informações privadas dos usuários. As práticas estão descritas em 747 páginas de documentos, relatou o jornal O Globo.

A rede social informou que os acordos especiais eram necessários para dar tempo aos desenvolvedores de aplicativos para se tornarem compatíveis com as mudanças em suas políticas, e para permitir que os fabricantes de dispositivos e softwares criassem versões da rede social para seus produtos. A lista desses parceiros, relatou o jornal Folha de S.Paulo, citando o jornal The Washington Post, inclui as principais marcas de tecnologia, como Apple, Amazon e Microsoft, a gigante sul-coreana Samsung e as chinesas Huawei e Alibaba.

"Nós fizemos parceiras com empresas para construir integrações em que nós e nossos parceiros pudéssemos oferecer às pessoas acesso ao Facebook ou a experiências do Facebook", afirmou a empresa no documento. "Essas integrações foram construídas por nossos parceiros, para nossos usuários, mas foram aprovadas pelo Facebook."

Segundo o The Wall Street Journal, o Facebook revelou que ainda estava compartilhando informações de amigos dos usuários, como nome, sexo, data de nascimento, cidade atual ou cidade natal, fotos curtidas em páginas, com dezenas de desenvolvedores de aplicativos quase seis meses depois de ter dito que parou de acessar esses dados em 2015.

O Facebook informou que deu a essas empresas – que variam desde o aplicativo de namoro Hinge até o gigante de entregas United Parcel Service Inc. – uma prorrogação de seis meses para que elas "entrassem em conformidade" com a política de 2015. Além disso, cinco outras empresas "teoricamente poderiam ter acessado dados privados de alguns amigos dos usuários” por causa do acesso que receberam como parte de um experimento no Facebook, disse a empresa no documento. Procurado pelo The Wall Street Journal, um porta-voz da empresa não quis comentar as informações.

O documento, relata O Globo, foi entregue ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados em resposta às centenas de perguntas feitas pelos membros da comissão ao CEO da rede, Mark Zuckerberg, durante depoimento, em abril. Essa é a segunda tentativa do Facebook de responder aos questionamentos do Congresso. Em junho, a rede já havia enviado 450 páginas de respostas para duas comissões do Senado, evitando algumas questões sobre sua influência e poder de mercado, ao mesmo tempo em que deu detalhes sobre as informações que coleta sobre os usuários.

A manipulação dos dados de seus usuários pelo Facebook está sob escrutínio desde março, quando surgiram revelações de que a empresa de análise política Cambridge Analytica, que auxiliou a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, comprou dados de 87 milhões de usuários sem o consentimento deles.

ANJ




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