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Pesquisa/Tecnologia
Terça, 07 de setembro de 2021, 11h32

Estudante de engenharia aeroespacial destaca atuação do MCTI na formação de jovens cientistas


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 sonho de explorar o espaço está presente no imaginário de qualquer criança no mundo. O estímulo à formação de crianças e jovens para se tornarem cientistas, pesquisadores e até mesmo futuros astronautas é uma das missões do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Começando pelo ministro, astronauta Marcos Pontes, que é o único brasileiro que já foi ao espaço. Essa curiosidade pelas ações de Marcos Pontes traz diversos jovens ao MCTI para conhecer um pouco mais da história do único astronauta brasileiro.

Um desses visitantes foi o estudante de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Brasília (UNB), Carlos Eduardo Amaral, que esteve recentemente no MCTI para acompanhar o programa Bate Papo Ciência & Tecnologia no Dia a Dia. O programa vai ao ar todas as terças-feiras às 19h30 no canal do MCTI no Youtube. Após ter a oportunidade de conhecer pessoalmente o ministro, o universitário conversou com nossa equipe de reportagem e falou sobre estudo, carreira e futuro.

MCTI - Como surgiu o seu interesse pela engenharia aeroespacial?

Eu sempre gostei de engenharia, de construir, desenvolver, criar, gostava de analisar peças e descobrir como as coisas funcionavam, mesmo as mais complexas. E a paixão pelo espaço vem desde a minha infância por influência do meu pai. Ele sempre me falava sobre o universo, naves espaciais, foguetes, aviões. Então eu sempre tive uma predisposição a engenharia aeroespacial. Confesso que fiquei tentado a seguir carreira em outras áreas mais fáceis, ou mais rentáveis, mas no final o coração falou mais forte e decidi me tornar um engenheiro aeroespacial.

MCTI - O que um engenheiro aeroespacial faz e em quais áreas ele pode atuar?

O engenheiro aeroespacial tem um leque extenso de atuação, podendo se dedicar a manutenção, construção e desenvolvimento de aeronaves, mísseis, veículos espaciais, satélites e foguetes. Também faz execução de projetos, desenvolvimento no campo de mecânica espacial e controle, eletrônica e sistemas aeroespaciais. Além disso, o profissional formado na área pode gerenciar atividades que ocorrem no espaço e nos sistemas de coordenação do tráfego aéreo. Também pode atuar em diversos setores aeronáuticos como o segmento militar de defesa, na aviação civil e o campo astronáutico. Pode trabalhar na área de construção civil, concepção de veículos náuticos e terrestres, principalmente veículos de competição como Fórmula 1 por exemplo, por conta do seu conhecimento maior sobre aerodinâmica.

MCTI - Como você vê a pesquisa espacial hoje no Brasil?

A exploração espacial é a nova era das grandes navegações do século XV e XVII. Afinal de contas, somos muito dependentes de recursos naturais finitos e a população do planeta cresce em ritmo acelerado, portanto a longo prazo, vamos precisar explorar economicamente o espaço em busca de recursos naturais e na colonização de outros planetas. E se nós brasileiros não entendermos isso hoje, pagaremos um preço alto amanhã. Não só pela nova corrida espacial que estamos presenciando hoje, mas por uma questão de segurança nacional também. Quando comparado aos EUA, ficamos bem atrás no quesito pesquisa espacial, porém estamos bem a frente quando comparado a outros grandes países europeus como Portugal e Holanda, então acredito que temos sim um bom desenvolvimento científico na área espacial. O ministro Marcos Pontes está fazendo um bom trabalho na restauração da base de lançamento de Alcântara, o que é um ponto bastante positivo para o desenvolvimento científico e espacial do país, também promove grandes incentivos ao programa espacial brasileiro, através da AEB, que está voltada para desenvolvimento do VLN, e quando este for finalizado, iremos dar um grande salto, rumo a soberania no lançamento de satélites. Tenho certeza também que temos muitos profissionais, engenheiros, professores, físicos, extremamente qualificados, liderando esse braço de pesquisa e desenvolvimento espacial. Portanto a pesquisa no Brasil hoje está cumprindo com o seu propósito, está gerando empregos, instigando o desenvolvimento técnico, científico e industrial, além de desenvolver a sociedade como um todo.

MCTI - Qual sua pretensão profissional para o futuro?

Primeiro espero obter a minha graduação em engenharia aeroespacial, e depois fazer uma pós-graduação na área. Por enquanto não tenho nenhuma grande pretensão profissional, estou focado apenas na minha graduação acadêmica e em projetos de extensão, também estou à procura de estágio na minha área de engenharia. Acredito que o melhor é focar no presente, adquirir conhecimentos, aprender coisas novas e só depois ter uma pretensão um pouco maior, como a AEB ou a NASA por exemplo.

MCTI - Você tem alguma inspiração para ter escolhido esta carreira?

Eu sempre gostei de ciências e tecnologias desde criança, sempre me identifiquei com a aviação e a astronomia, por influência do meu pai. Achava interessante as naves espaciais, os satélites, os astros e estrelas, me fascinava saber que um homem chamado Neil Armstrong havia pisado na lua. Logo depois, saber que um brasileiro chamado Marcos Pontes havia chegado a ISS. Esses foram feitos bastantes inspiradores para mim. Então, apesar de ter bastante afinidade por outras áreas profissionais também, a opção pela carreira na engenharia aeroespacial foi simplesmente por uma identificação natural.

MCTI - Qual a importância de incentivar crianças e jovens para a ciência?

As crianças e os jovens são literalmente o futuro do mundo, o futuro do Brasil. Portanto é fundamental que as crianças entendam a importância da ciência para a sociedade. A ciência é a maior responsável pelo avanço no modo de vida que temos hoje, como saúde, medicina, economia, internet, comunicações, veículos de transporte, até mesmo veículos de exploração espacial, como foguetes e satélites. A ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de ser difícil imaginar como seria o mundo contemporâneo sem a sua contribuição. Poderia falar infinitamente sobre a importância da ciência para os avanços tecnológicos e seu grande impacto na sociedade. Mas a ciência nada mais é do que a capacidade do ser humano de compreender o mundo. E é importante que as nossas futuras gerações entendam a importância da ciência para compreensão da natureza e para o avanço da sociedade como um todo, pois serão os jovens de hoje que darão continuidade a todo o desenvolvimento científico que temos atualmente e certamente irão avançar ainda mais.

MCTI - Como você acompanha o avanço da ciência e da tecnologia do país?

Através das instituições do MCTI, como o AEB, INPE, CBPF e etc. Por meio dos canais de comunicação como o YouTube e Google, e das publicações científicas feitas por universidades conceituadas, e de divulgações feitas pelos próprios órgãos de Ciência e Tecnologia do país. Como alguns veículos de divulgação científica internacional também.




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