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Política MT
Segunda, 15 de maio de 2017, 11h58

Deputada classifica governador como arrogante e quer CPI na Assembleia


Redação

Arquivo pessoal
Janaina Riva: estarrecedor além da constante arrogância do Governador Pedro Taques, foi a utilização, como "barriga de aluguel", da insigne corporação da Polícia Militar do Mato Grosso e do Poder Judiciário

O escândalo dos grampos que envolve o Governo de Mato Grosso, e que está sendo investigado pela Procuradoria -Geral da República (PGR) a pedido do ex-secretário de Segurança do Estado, o promotor de justiça Mauro Zaque, foi condenado pela deputada estadual Janaina Riva (PMDB) que é vitima da armação. "O que foi praticado por dirigentes de alto escalão do Governo Pedro Taques, conforme apuração jornalística da Rede Globo, demonstra que atos de governo foram realizados em detrimento dos direitos mais básicos dos indivíduos (intimidade e privacidade) com o objetivo escuso de, ao que tudo indica, fomentar políticas tortas e levianas de ataque à oposição, a inimigos e a autoridades. Em suma, na falta de bons argumentos e de projetos de governo de qualidade, almejou o Governo Pedro Taques silenciar a oposição através de práticas criminosas - afirmou a parlamentar.

Os documentos pedindo à Justiça autorização para interceptar os telefones foram assinados pelo cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior e tinha como foco supostos integrantes de quadrilha de tráfico de drogas, contudo foram juntados por “tabela” outros telefones, como o de Janaina, do jornalista Marcondes Muvuca, o advogado José Patrocínio e outras autoridades. Até mesmo um caso  envolvendo o então secretário da Casa Civil, Paulo Taques, onde uma mulher  grampeada revela um caso amoroso com o mesmo. Paulo é primo de Pedro Taques.

"A deputada Janaina Riva afirma que, por incrível que possa parecer, ainda mais estarrecedor do que a peculiar e constante arrogância do Governador Pedro Taques, foi a utilização, como "barriga de aluguel", da insigne corporação da Polícia Militar do Mato Grosso e do Poder Judiciário local para fazer inserir diversos terminais telefônicos de terceiros em meio a investigações policiais em curso para espionar agentes públicos, assim como particulares de interesse do governo.

Dois terminais telefônicos de titularidade da deputada Janaina Riva foram grampeados por vários meses, o que, além de uma gravíssima infração às garantias fundamentais e parlamentares, representou uma devassa da sua intimidade pessoal, familiar e profissional.

Por entender que não há espaço para práticas desse nível rasteiro no Brasil, a deputada Janaina Riva proporá na próxima terça-feira a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a prática ilegal de arapongagem por parte do primeiro escalão do Governo Pedro Taques.

A CPI se justifica especialmente em razão do absurdo que significa o ainda governador Pedro Taques, com seu autopropalado saber jurídico, se limitar a alegar desconhecimento acerca da matéria e covardemente buscar fugir ao problema, imputando a membros do Ministério Público uma conduta criminosa que - por ação ou por omissão - foi praticada por ele próprio, chefe do Poder

Executivo e da Polícia Militar.

Pedro Taques, na qualidade de Comandante Máximo da Polícia Militar, não pode pretender fugir à responsabilidade, que é sua, pela ocorrência desses lamentáveis episódios.
Além da CPI, a Deputada Janaina Riva apresentará pedido de investigação criminal à Procuradoria Geral da República e ao

Conselho Nacional de Justiça.

Certa de que a impunidade do ainda governador Pedro Taques não será tolerada pela população do Estado do Mato Grosso, a deputada Janaina Riva reitera a sua confiança nas instituições do Estado do Mato Grosso e afirma que fará tudo o que estiver ao seu alcance para que os responsáveis por tamanhos desmandos sejam exemplarmente punidos.

Em entrevista coletiva na sexta-feira (12) o governador Pedro Taques acusou o ex-secretário de Segurança e promotor Mauro Zaque de tentar chantagea-lo. Contudo, Taques revelou que o promotor havia pedido a demissão do então Comandante Geral da PM, coronel Zaqueu por estar fazendo coisas erradas. Conforme Taques Zaque afirmou que se Zaqueu não saisse ele pediria pra sair. E saiu duas semanas após.




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