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Política MT
Quinta, 20 de setembro de 2018, 13h35

Leitão aposta no empoderamento das mulheres para tirar MT da liderança do ranking de feminicídios


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Considerando que Mato Grosso possui a maior taxa de feminicídio do Brasil segundo o Núcleo de Estudos da Violência da USP, o candidato a senador, Nilson Leitão (PSDB), tem defendido a implementação de políticas públicas destinadas ao empoderamento das mulheres como medida para reduzir a violência contra o gênero. Para ele, a dependência emocional, sobretudo financeira, do cônjuge é um dos principais fatores para a perpetuação da condição de submissão das mulheres em relação aos homens.

"Homens e mulheres precisam ganhar de forma equivalente, quando estiverem no exercício da mesma função. A construção de um país menos desigual passa, necessariamente, pela discussão de temas delicados como este. É preciso ter sensibilidade. Não podemos aceitar quem prefere valer-se só da venda nos olhos e da espada numa das mãos, mas se esquece de segurar com a outra a balança que equilibra as relações entre gêneros. É preciso incentivar e reconhecer quem realmente tem compromisso com a justiça social", pontuou Leitão.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, Mato Grosso lidera o ranking nacional de feminicídios com 4,6 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Até maio deste ano, 21 mulheres foram assassinadas no Estado. O número é quase o dobro dos registros do ano passado, com 11 ocorrências. Em 2017, 2.718 mulheres procuraram a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da Capital para registar algum tipo de violência.

E os números não param por aí. Em média, 12 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil. Uma a cada duas horas. "A mudança que defendo para o país depende da alteração deste cenário, que nos coloca na incômoda 5ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres do mundo, de um total de 83, conforme relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados são alarmantes. E pior, estamos em curva ascendente", criticou Nilson.

Os indicadores revelam que, de janeiro a maio de 2017, foram registrados 4.473 homicídios dolosos no Brasil, sendo 946 feminicídios - casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Em relação a 2016, foi registrado um aumento de 6,5% - 4.201 homicídios (sendo 812 feminicídios). "Nos termos do Código Civil de 1916, a mulher era considerada relativamente incapaz e estava sujeita à vontade de seu consorte, sendo o feminicídio justificado em legítima defesa da honra até a década de 90. Isso é um problema histórico e cultural. E eu quero trabalhar para mudar isso", comprometeu-se.




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