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Domingo, 20 de janeiro de 2019, 08h01

CREA defende auditoria na folha da Empaer mas manutenção da empresa


Comunicação
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O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), engenheiro agrônomo João Pedro Valente, e o conselheiro do Crea-MT também engenheiro agrônomo Carlos Luiz Milhomem de Abreu, defenderam a manutenção dos serviços da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), durante audiência pública na manhã na sexta-feira (18/01), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT).


A empresa é uma das que tem previsão de extinção e alvo de duras críticas por parte do governador Mauro Mendes em relação aos alto salários e reflexo de produtividade. Ao assumir o governador disse que na Empaer tem motorista com salário de R$ 15 mil ao mês e servidor de cafezinho, recebendo R$ 13 mil ao mês. Motorista de um golzinho ganhando R$ 15 mil e de um servidor técnico agrícola, nível médio, se aproxima de R$ 20 mil, comparando que na iniciativa privada os salários de um técnico agrícola é da ordem de R$ 3 a 4 mil.


João Pedro Valente, do CREA

"O Sindicato dos Trabalhadores da Empaer – Sinterp – está sendo extremamente consciente e proativo com o Governo do Estado trazendo uma proposta que realmente é necessária. A dívida do passado está emperrando a Empaer há algum tempo. A refundação da empresa em forma de Instituto, com um novo CNPJ possibilitará que a Empaer volte a oferecer espaço de estágio para alunos da área agrícola, para os experimentos para a Embrapa, para capacitação continuada dos profissionais, além é claro de oferecer uma agricultura familiar mais produtiva e eficiente a todas as propriedades que dependem da Empaer para produzir", declarou o presidente do Crea-MT, João Pedro Valente durante sua fala na Assembleia Legislativa.

O conselheiro Carlos Luiz Milhomem disse que "ao invés da extinção é preciso buscar novas fontes de recursos para sustentar a estrutura que foi criada".

João Pedro Valente afirmou que "a Empaer é um importante local para formação de nossos profissionais. Ela oferece um campo de estágio onde os alunos conseguem ter o primeiro contato com a cultura acompanhado por alguém experiente. Eu mesmo fui estagiário da Empaer quando estudante do curso de técnico agrícola".

"A Empaer também é importante para a Embrapa, que desenvolve a tecnologia. Muitos experimentos que são desenvolvidos na Embrapa precisam ser levados a campo para avaliação e o pesquisador não tem como estar em vários pontos do Estado, é preciso da parceria do profissional da Empaer para testá-la. Isso sem falar das funções principais da Empaer que são de levar assistência técnica, extensão rural, profissionalização e capacitação a agricultores familiares de todo Estado".

O presidente do Crea-MT disse que não vê sentido em fechar um órgão com tal importância por causa de problemas financeiros que podem ser resolvidos buscando soluções econômicas. "O governo deve realizar uma auditoria na folha de pagamento e realizar a correção de valores, caso estejam errados. Pois esses funcionários públicos que estão sendo acusados de ter supersalários não os impuseram para eles mesmos. Ou houve uma ingerência política, e se for o caso deve ser corrigido, ou o salário foi conquistado legalmente, com progressão dentro da carreira, aí que seja buscada formas de honrá-lo", concluiu.

Uma das empresas públicas com previsão de extinção e alvo de duras críticas por parte do governador Mauro Mendes, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) atende mais de 140 mil famílias e já reduziu cerca de 35% da folha salarial com adesões do Programa de Demissão Voluntária (PDV). A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp), Pedro Carlotto durante audiência pública.

Para o sindicato, mesmo com os altos salários, a solução não é extinguir a empresa. O presidente do Sinterp, Pedro Carlotto, afirmou que a Empaer já tomou medidas para a redução de gastos, como a adesão de mais de 100 servidores ao Plano de Demissão Voluntária lançado no ano passado. "Apenas com essa medida teremos uma redução de 35% na folha, que tem um gasto mensal de R$ 7,8 milhões".

Outro ponto criticado pelo governador são as dívidas trabalhistas que a Empaer herdou da antiga Companhia de Armazéns e Silos do Estado (Casemat), por causa de uma fusão na década de 1990. Seriam mais de R$ 100 milhões, enquanto o patrimônio da Empaer é menor que esse valor, com R$ 24,3 milhões em prédios e R$ 40,8 milhões em centros de pesquisa.

"A Secretaria de Agricultura Familiar não consegue atender a demanda, por isso hoje a Empaer executa as políticas públicas de responsabilidade da Secretaria. Trabalhamos com os pequenos produtores, só em 2018 atendemos 52.815 famílias. Sem esse atendimento essas pessoas podem migrar para as cidades e trazer um impacto social ainda maior", avalia o sindicalista.

Sobre os supersalários Pedro Carlotto explicou durante audiência que em 2011 foi autorizada uma equiparação salarial da Empaer com outras instituições afins. Isso trouxe o aumento de salários, mas só chega a esse valor quem tem capacitação e tempo de serviço.

O convite ao Crea-MT, para participar da Audiência Pública, foi feito pelo fato que a maioria dos profissionais que trabalha na Empaer é registrada junto ao Crea-MT, a exemplo de engenheiros agrônomos e florestais. As anuidades devidas aos Creas correspondem aos seguintes valores: I – profissional de nível superior: R$ 558,76 e II – profissional técnico de nível médio: R$ 279,38 . Veja mais aqui




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